Mercados locais reagem com força após pacote de ajuda externa
Ativos argentinos tiveram forte valorização nesta quarta-feira após o secretário do Tesouro dos EUA indicar suporte robusto ao governo de Javier Milei. Ele mencionou negociações por swap cambial de US$ 20 bilhões e possível compra de títulos argentinos pelo Tesouro norte-americano, segundo a Reuters. A expectativa gerou salto de 6% no índice Merval e ganhos expressivos nos papéis bancários.
Causas e reações
A ajuda externa surge em momento de vulnerabilidade fiscal e insegurança cambial local. O anúncio funciona como amortecedor de emergência para reservas. Com isso, investidores buscaram realocar capital local, apostando em valorização do peso e reabertura de crédito externo.
Além disso, o efeito via “juros implícitos” nas obrigações do governo argentino diminuiu custo percebido de risco. A impressão é que o país conquista algum espaço de manobra em mercados de crédito internacionais até então fechados.
Contudo, críticos observam que esse tipo de intervenção via trocas ou compras de dívida pode gerar dependência e reduzir incentivos domésticos à austeridade estrutural. Se a ajuda for condicionada, pode virar caso político.
Por ora, o mercado celebra. Mas será essencial que o governo estabeleça planos claros de ajuste e recuperação para manter credibilidade entre credores internacionais.