Fluxo de capital direto resiste a pressões comerciais
Mesmo com novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras, o país segue como principal origem de investimento direto no Brasil, segundo dados do Banco Central divulgados pelo InfoMoney. Os fluxos foram robustos no primeiro semestre e se concentraram em energia, infraestrutura e tecnologia.
Motivos da resiliência
De acordo com analistas, os investimentos diretos têm caráter de longo prazo. Isso significa que tarifas pontuais afetam menos a decisão de empresas globais, que buscam retorno em projetos estruturais. O Brasil, apesar de desafios fiscais e cambiais, continua sendo mercado estratégico por seu tamanho e potencial de consumo.
Contrapontos e riscos
Por outro lado, a dependência de capitais externos pode aumentar vulnerabilidade em períodos de instabilidade. Caso haja piora fiscal ou elevação do risco regulatório, o fluxo poderá ser redirecionado para outros emergentes. Nesse sentido, a previsibilidade das regras locais se torna essencial.
Impacto político
O dado fortalece a narrativa do governo de que o Brasil continua atrativo. Entretanto, especialistas alertam que o país precisa melhorar ambiente de negócios para sustentar essa vantagem. Sem reformas que reduzam burocracia e ampliem segurança jurídica, o fluxo poderá arrefecer no médio prazo.