Inflação do aluguel acelera e pressão sobre contratos cresce
O IGP-M registrou alta de 0,42% em setembro, ante 0,36% em agosto, segundo dados da FGV divulgados pelo InfoMoney. Esse resultado ficou acima da projeção de 0,35% feita pelo mercado. O índice acumula 2,82% em 12 meses.
Componentes que puxaram a alta
O IPA, que responde por 60% do IGP-M, subiu 0,49%, impulsionado por menor deflação nos bens finais. Já o braço das matérias-primas desacelerou, com variação de 1,47%. No IPC, o avanço foi de 0,25%, puxado por habitação, energia e transporte.
Efeito nos contratos de aluguel
Como o IGP-M é usado amplamente para reajustes de aluguéis, essa elevação pressionará valores para locatários e inquilinos. Quem tem contrato atrelado a esse índice deverá pagar valores maiores a partir do próximo reajuste.
Reação do mercado
O resultado causa sinal de alerta para o ambiente de juros no Brasil. O dado pode levar investidores a revisar estimativas da curva de juros futuros e reforçar cautela em segmentos sensíveis à inflação.
Atenção para os próximos meses
Se essa tendência se mantiver, o risco de repasses mais contínuos nos contratos de aluguel cresce. No entanto, fatores como movimentos cambiais, custos de insumos e decisões políticas poderão mudar o ritmo.