Setores de saúde pressionam, enquanto luxo e energia limitam perdas
As bolsas da Europa fecharam esta terça-feira com desempenho contido, recuando 0,10% no índice STOXX 600, segundo relatório da Reuters. Apesar da leve queda geral, segmentos como luxo e energia amenizaram o tom negativo provocado por fraqueza no setor de saúde e pela instabilidade política na França.
Saúde lidera perdas e pesa no índice
As maiores quedas vieram do setor de saúde. Novo Nordisk e Bayer foram destaques negativos, especialmente depois de decisões judiciais e projeções de resultados mais fracos nos EUA. Essas desvalorizações pressionaram fortemente o índice setorial e contribuíram para o ajuste geral no mercado europeu.
Luxo e energia seguram parte da queda
Em contrapartida, empresas de luxo e de energia distribuíram ganhos e ajudaram a segurar a queda do índice principal. Ações de LVMH, Kering e similares tiveram valorização com upgrades e expectativas de recuperação nas vendas de moda. Já empresas de energia ganharam com expectativas de maior produção de gases e insumos energéticos.
Crise política francesa abre lacunas no cenário europeu
A instabilidade política na França reforçou o sentimento cauteloso entre investidores. A renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu gerou dúvidas sobre continuidade de reformas e aprovações orçamentárias no país, contaminando o mercado local e o europeu como um todo.
Cenário para os próximos pregões
Para os próximos dias, o mercado europeu deve reagir a dados econômicos da Alemanha, falas do Banco Central Europeu e desdobramentos políticos em França. Se surgirem sinais de estabilidade ou retomada nas reformas, os índices poderão retomar força. Já novas incertezas política ou dados fracos podem ampliar a pressão de baixa.