Investidores aguardam sinais do governo e repercutem cenário externo*
O Ibovespa iniciou o pregão desta quarta-feira em queda, enquanto o dólar comercial já mostra alta acentuada. O movimento reflete preocupações com a disciplina fiscal no Brasil e o ambiente desfavorável nos mercados globais. Conforme aponta o G1, o tom cauteloso já domina a abertura do dia.
Real mais fraco pressiona o mercado local
O dólar opera em valorização logo pela manhã, e isso intensifica o custo para empresas que dependem de insumos importados. Ao mesmo tempo, o câmbio mais caro corrói margens e gera nervosismo entre os investidores.
Com o real desvalorizado, o Ibovespa sofre pressão principalmente nos setores de varejo, consumo e tecnologia, que têm sensibilidade ao dólar.
Fiscal volta ao radar com força
Na abertura, o mercado repercute mensagens conflituosas do governo sobre ajuste de despesas. Há expectativa de que o ministério da Economia deva detalhar medidas compensatórias para sustentar credibilidade.
Apesar de promessas de contenção, o cenário permanece instável. Caso surjam sinais de que o governo abrirá mão de compromissos fiscais, a volatilidade pode aumentar ainda mais.
Exportadoras e commodities tentam equilibrar
Por outro lado, empresas de base exportadora — mineração, siderurgia e agronegócio — tendem a se beneficiar com o câmbio adverso. Esses papéis podem oferecer alguma resistência à queda do índice.
Se o minério de ferro registrar nova alta e o petróleo manter suporte, esse segmento pode limitar o recuo geral.
Pontos de atenção para o dia
Os investidores seguem de olho em discursos de autoridades econômicas, divulgação de indicadores de inflação e dados sobre crédito e confiança.
Além disso, será crucial monitorar o fluxo estrangeiro e o balanço entre compras e vendas, especialmente em ações mid & small caps, que tendem a oscilar mais.