Investidores reagem ao IPCA, à queda da MP 1.303 e ao cenário externo instável
O Ibovespa operava próximo da estabilidade no fim da manhã desta quinta-feira (9), aos 142.146 pontos, enquanto o dólar comercial subia 0,4%, cotado a R$ 5,36, segundo o InfoMoney. O mercado local repercute a derrota do governo no Congresso, a divulgação do IPCA e a alta dos juros longos nos EUA.
IPCA mais fraco reduz tensão com inflação
O índice de preços ao consumidor mostrou resultado “benigno”, reduzindo temores sobre aceleração dos núcleos. Ainda assim, o alívio foi limitado, já que a incerteza fiscal volta ao centro das atenções após a MP 1.303 caducar no Congresso. O ministro Fernando Haddad afirmou que apresentará “várias alternativas” ao presidente Lula para recompor receitas, de acordo com o InfoMoney.
Câmbio reflete cenário político e exterior
O dólar avança diante do aumento da aversão ao risco global. Investidores acompanham a paralisação parcial do governo dos EUA (shutdown) e o impacto nas projeções econômicas. Além disso, as bolsas americanas operam em leve queda após recordes na véspera, segundo a Reuters.
Juros futuros recuam com IPCA e curva mais estável
Apesar da cautela, os juros futuros recuam levemente, refletindo o impacto do IPCA mais brando e o enfraquecimento das apostas de alta da Selic. O contrato de DI para 2027 caiu a 10,15%, enquanto o DI para 2029 recuou para 10,35%, conforme dados da B3.
Olhar para o exterior e próximos passos
No cenário internacional, o índice VIX de volatilidade subiu 4,5%, atingindo 17 pontos, o que reforça a percepção de cautela entre investidores globais. A agenda segue dominada pela expectativa das atas do Federal Reserve, que podem redefinir o tom do mercado nas próximas sessões.
Em síntese, o pregão desta quinta mostra um mercado dividido entre o alívio com a inflação e o receio político. A manutenção da confiança dependerá da resposta fiscal do governo e da reação dos mercados internacionais após a publicação das atas do Fed.