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sábado, outubro 11, 2025
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Exportação de suco de laranja para os EUA sobe 38% apesar de tarifas

Setor se favorece por isenção enquanto outros mercados recuam diante da guerra comercial

Entre julho e setembro de 2025, as exportações brasileiras de suco de laranja para os Estados Unidos cresceram 38%, totalizando 92,7 mil toneladas e gerando receita de US$ 310 milhões — alta de 17% frente ao mesmo período da safra anterior, segundo dados da CitrusBR, citados pela Exame.

Isenção de tarifas e efeito positivo nos EUA

Curiosamente, o suco de laranja escapou da tarifa adicional de 50% que o governo americano impôs a diversos produtos chineses e agrícolas importados, o que ajudou a preservar a competitividade dos embarques brasileiros. Isso permitiu que os EUA respondessem por 49% do total exportado do produto no início da safra 2025/26 — uma posição dominante no cenário externo da citrus nacional.

Enquanto isso, mercados como Europa, China e Japão enfrentaram desempenhos negativos: os embarques para a Europa caíram 23% em volume e 31% em receita. Nas negociações com a China, houve recuo de 44% em volume e 34% em faturamento, e no Japão, a queda foi ainda mais expressiva: 69% em volume e 62% em receita, de acordo com a mesma reportagem.

Contexto da safra e desafios de colheita

O setor enfrentou condições adversas no período inicial da safra 2025/26. A produção brasileira de suco totalizou 189 mil toneladas, 4,4% a menos que no ano anterior, com receita de US$ 713,6 milhões — recuo de 17,6%. A citrusBR apontou que o ritmo de colheita foi mais lento, com apenas 25% da safra colhida até meados de agosto, comparado aos 50% do ciclo anterior. O clima mais frio e exigências crescentes de qualidade também afetaram o processamento dos frutos.

Oportunidades e riscos à frente

Apesar do crescimento positivo nos EUA, o cenário global impõe riscos. A dependência de um único mercado deixa o setor vulnerável a choques externos. Além disso, eventuais barreiras comerciais ou ajustes regulatórios nos EUA podem reverter avanços. Por outro lado, a posição de destaque nos Estados Unidos abre espaço para estratégias de diversificação geográfica e aprimoramento da qualidade do produto — fatores essenciais para sustentar rentabilidade nos próximos trimestres.

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