O mercado cripto reage com liquidações em meio ao aumento da tensão comercial entre EUA e China
O Bitcoin ampliou suas quedas no sábado, após as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre imposição de tarifas de 100% sobre importações chinesas e restrições à exportação de software crítico, informou o portal Investing.com. O movimento refletiu o impacto direto da escalada da guerra comercial nos ativos digitais.
Quedas e liquidações: o efeito dominó
Com o cenário internacional pressionado, o Bitcoin caiu cerca de 2,3% no dia, estendendo o ajuste iniciado nas bolsas de tecnologia. Outros criptoativos também sofreram com a aversão ao risco: Ethereum, XRP e Solana registraram perdas expressivas. A liquidação de posições alavancadas acelerou o movimento de queda, segundo especialistas do setor.
O gatilho: tarifas e restrições comerciais
Trump anunciou que, a partir de 1º de novembro, aplicará tarifas de 100% sobre todas as importações chinesas e exercerá controles sobre “qualquer e todo software crítico”, como retaliação aos recentes limites anunciados pela China sobre minerais de terras raras. O anúncio acendeu o alerta nos mercados globais, gerando pânico entre os investidores de ativos de risco.
Reações nos mercados globais
A tensão nas relações EUA-China reverberou nas bolsas: o Dow Jones caiu 1,90%, o S&P 500 recuou 2,71% e o Nasdaq Composite perdeu 3,56%. O clima negativo foi amplificado pela expectativa de que cadeias produtivas críticas poderiam sofrer com as restrições à exportação de insumos tecnológicos.
O que isso significa para o cripto
A trajetória de queda no Bitcoin sugere que ele está vulnerável à escalada de conflitos macroeconômicos, mesmo sendo visto por muitos como um instrumento de hedge em longo prazo. A liquidação de posições expõe a fragilidade do mercado diante de choques externos.