Bolsa reage à melhora do apetite por risco em Wall Street, enquanto o câmbio recua em meio à perspectiva de cortes de juros nos EUA
O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (17) em alta de 0,84%, aos 143.398,63 pontos, em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações e recuperação das bolsas em Nova York. Já o dólar à vista caiu 0,69%, fechando a R$ 5,4055, movimento associado ao alívio nas tensões comerciais entre EUA e China e à leitura de que o Federal Reserve poderá avançar com cortes de juros ainda neste mês. Os números de fechamento foram divulgados pela InfoMoney e pelo Money Times.
Sessão de recuperação com giro firme
Ao longo do dia, o índice oscilou entre 141.247,97 pontos na mínima e 143.424,48 pontos na máxima, com volume financeiro de R$ 26,5 bilhões — patamar típico de sessões com derivativos. A melhora no exterior ajudou a reverter parte da aversão ao risco da véspera e sustentou compras em blue chips e commodities, enquanto investidores reavaliaram o impacto das notícias sobre bancos regionais americanos na qualidade do crédito. No agregado da semana, o Ibovespa acumulou alta de 1,93%, ainda que no mês registre desempenho negativo, segundo a InfoMoney.
Dólar perde força com cenário externo mais benigno
No câmbio, o real acompanhou a fraqueza global do dólar após sinais de distensão retórica entre Washington e Pequim e crescente aposta em afrouxamento monetário nos EUA. O movimento favoreceu moedas emergentes e reduziu a demanda por proteção de curto prazo. No fechamento, o dólar recuou a R$ 5,4055, queda de 0,69% no dia, conforme o Money Times.
Setores e ações que puxaram o índice
Com o humor melhor lá fora, petróleo e minério de ferro sustentaram ganhos de Petrobras e Vale, enquanto bancos avançaram em linha com a rotação para papéis de maior liquidez. No grupo de destaque individual, o noticiário corporativo impulsionou movimentos específicos e ajudou a consolidar a alta do índice na reta final do pregão, de acordo com o panorama de fechamento da InfoMoney.
O que ficou no radar do investidor
Ao longo do dia, o mercado acompanhou o desdobramento das suspeitas de fraudes em bancos regionais nos EUA — fator que tinha elevado a volatilidade global — e monitorou o fluxo de notícias de Wall Street. Ainda que o tema permaneça sensível, a percepção de que os casos são pontuais e a possibilidade de apoio regulatório diminuíram a pressão sobre os ativos de risco, contribuindo para a trégua observada no pregão doméstico.
Agenda e próximos gatilhos
Para a próxima semana, o foco recai sobre a temporada de balanços no Brasil e nos Estados Unidos, além de indicadores de atividade e inflação que podem calibrar apostas sobre o Copom e o Fed. No noticiário local, o investidor seguirá atento a temas fiscais e a decisões de política pública com efeito sobre juro real e prêmio de risco.









