Com alta de 18% no ano e impulso de fatores macro, mercado debate estratégias para buscar rendimento de R$ 10 mil mensais

O Ibovespa ultrapassou a barreira dos 142 mil pontos, sustentado por resultados corporativos sólidos e expectativas de cortes de juros nos EUA. A valorização acumulada em 2025 já soma cerca de 18%, segundo análise publicada no Money Times. Diante desse cenário, investidores e analistas questionam: é possível construir uma carteira que gere renda mensal de R$ 10 mil?

O que está por trás da alta

O momento é impulsionado por três vetores principais:

• Cortes de juros nos EUA, que diminuem o atrativo do dólar e estimulam fluxos para mercados emergentes.
• Lucros corporativos acima do esperado que reforçam confiança no desempenho das empresas listadas.
• Expectativa de mudança no cenário político, com possibilidade de governo mais alinhado ao mercado e reformas estruturais.

Esses fatores combinados criam terreno fértil para que investidores reconsiderem estratégias de longo prazo.

Simulação da carteira de renda

Para ilustrar essa estratégia, o Money Times menciona o simulador “Vivendo de Renda com Ações”, da EQI Research, que indica quais ações e em que proporção poderiam render R$ 10 mil mensais. Segundo o simulador, a carteira ideal envolveria papéis com liquidez, geração de caixa consistente, governança e presença em setores defensivos e estratégicos.

Embora o simulador ofereça uma prévia interessante, é importante entender que qualquer projeção depende de premissas de dividendos, valorização e distribuição de resultados — variáveis que não são garantidas.

Riscos e fatores de atenção

• A rentabilidade esperada está sujeita a volatilidade dos mercados e choques externos.
• Dividendos podem ser reduzidos em períodos de crise ou necessidade de reinvestimento.
• A estratégia depende de capital elevado, uma vez que para gerar mil reais mensais com dividendos relativamente baixos, é necessário um montante expressivo investido.
• Há risco de desalinhamento entre expectativa e prática, sobretudo para quem entra recentemente no mercado.