Investidores reduzem posição em Bitcoin e apostam em redes com utilidade real, como Ethereum e Solana
Os fundos de criptomoedas registraram uma das maiores saídas de capital do ano. Segundo o Money Times, o mercado viu US$ 513 milhões em saídas líquidas na última semana, em meio à correção dos preços e ao aumento da aversão ao risco global. O movimento atingiu especialmente o Bitcoin (BTC), que respondeu por US$ 946 milhões em retiradas.
Ethereum desafia a tendência e atrai novos investidores
Enquanto o Bitcoin perdeu força, o Ethereum (ETH) brilhou. Os fundos ligados à rede captaram US$ 205 milhões, contrariando a tendência de fuga e consolidando a moeda como a principal aposta institucional do momento. Dados divulgados pela CoinTelegraph e pela Binance Square confirmam o interesse crescente por projetos baseados em blockchain de contratos inteligentes. Além disso, a Ethereum se destaca como infraestrutura essencial para tokenização de ativos reais, DeFi e contratos inteligentes. O avanço técnico da rede reforça a confiança de quem busca segurança e aplicabilidade em vez de pura especulação.
Rede atrai desenvolvedores e amplia aplicações práticas
De acordo com um relatório da Electric Capital, o Ethereum recebeu mais de 16 mil novos desenvolvedores em 2025, número muito superior ao de outras blockchains. Esse dado demonstra que a segunda maior criptomoeda do mundo está se consolidando como o principal ecossistema para inovação. Consequentemente, o interesse pela Ethereum está migrando do campo especulativo para aplicações reais em finanças, identidade digital e registro de propriedade. Assim, investidores começam a enxergar a rede como infraestrutura estratégica para o futuro da Web3.
Concorrentes buscam espaço com soluções escaláveis
Outras redes também mostraram resiliência. Solana (SOL) e Avalanche (AVAX) registraram fluxos positivos modestos, impulsionados pela busca de soluções escaláveis e de baixo custo para rodar aplicativos descentralizados. Por outro lado, o cenário competitivo reforça a importância de blockchains eficientes para o avanço das aplicações financeiras e corporativas. Além disso, essas plataformas atraem startups e desenvolvedores interessados em reduzir taxas e acelerar transações, o que pode ampliar o alcance global das finanças descentralizadas.
Mercado se move para utilidade e infraestrutura
O movimento dos investidores indica uma clara mudança de paradigma. Gradualmente, o capital está saindo de ativos puramente especulativos e migrando para infraestruturas com utilidade comprovada. Essa tendência reforça a consolidação da Web3 e do uso corporativo do blockchain, tanto em sistemas financeiros quanto em registros de ativos do mundo real. Portanto, o foco do mercado agora está em tecnologia, segurança e aplicabilidade — pilares que aproximam o blockchain da economia real e das finanças tradicionais. Segundo analistas, essa transição marca o início de uma fase mais madura para o setor cripto, com menos euforia e mais fundamentos.









