Investidores buscam proteção patrimonial diante do aumento das despesas públicas e da incerteza no cenário econômico
O avanço do risco fiscal no Brasil reacendeu a busca por ativos de proteção entre investidores.
De acordo com o InfoMoney, o ouro e o bitcoin (BTC) voltaram a ser considerados alternativas relevantes para preservar patrimônio diante da inflação e da instabilidade cambial.
Risco fiscal pressiona investidores a buscar refúgios
As discussões sobre o rombo nas contas públicas e o aumento das despesas do governo levaram o mercado a revisar projeções de inflação e câmbio.
Enquanto o dólar se valoriza e os juros permanecem elevados, cresce o interesse por ativos que independem das decisões de política fiscal.
Segundo especialistas ouvidos pelo InfoMoney, o ouro e o bitcoin costumam ganhar destaque nesses momentos, já que funcionam como “portos seguros” quando há incerteza sobre o poder de compra da moeda.
Bitcoin ganha espaço como ativo de diversificação
O bitcoin, embora ainda seja considerado volátil, atrai investidores que buscam diversificação e proteção contra políticas econômicas expansionistas.
O InfoMoney destaca que, mesmo com oscilações, a criptomoeda é vista por parte do mercado como uma forma de preservar poder de compra fora do sistema bancário tradicional.
Além disso, a facilidade de acesso e a liquidez digital reforçam o papel do bitcoin como alternativa para quem busca proteção patrimonial em longo prazo.
Ouro mantém papel de proteção clássica
Enquanto o bitcoin cresce entre investidores mais jovens, o ouro continua sendo o ativo de proteção tradicional em momentos de instabilidade.
Segundo o InfoMoney, o metal é favorecido em períodos de crise fiscal, já que tende a se valorizar quando há queda na confiança dos agentes econômicos.
Por isso, ele segue presente em carteiras conservadoras e de longo prazo, servindo como escudo natural contra inflação e depreciação cambial.
Comparação entre os dois ativos
A principal diferença entre ouro e bitcoin está na volatilidade e na origem de valor.
O ouro possui histórico consolidado e baixa variação de preços no curto prazo.
Já o bitcoin, por operar em ambiente digital e com oferta limitada, apresenta flutuações maiores, mas também oferece oportunidades de valorização mais expressivas.
Para analistas consultados pelo InfoMoney, ambos cumprem função complementar em carteiras de proteção, desde que respeitado o perfil de risco de cada investidor.
Proteção patrimonial em tempos de incerteza
O aumento das tensões fiscais e a indefinição sobre o orçamento de 2026 reforçam o apelo dos ativos reais e digitais.
Enquanto o governo busca novas fontes de receita, investidores se antecipam e ampliam posições defensivas.
De acordo com a Reuters, o movimento global de busca por segurança tem impulsionado tanto o ouro quanto as criptomoedas, em um cenário de juros altos e inflação persistente.
No Brasil, a tendência é que o debate sobre proteção patrimonial se intensifique conforme o quadro fiscal se torne mais incerto.









