Receita Federal registra alta real de 1,43% no mês e elevação significativa no IOF; acumulado no ano atinge R$ 2,105 trilhões
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A arrecadação federal em setembro somou R$ 216,727 bilhões, segundo dados da Receita Federal. O montante representa o maior valor para esse mês desde 2000 e equivale a um avanço real de 1,43% sobre setembro de 2024.
Destaques do mês e fontes de crescimento
A arrecadação do IOF atingiu R$ 8,455 bilhões em setembro, com alta real de 33,42% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A elevação foi em parte motivada por operações de câmbio e crédito com alíquotas ajustadas, conforme explica a Receita.
Além disso, o acumulado de janeiro a setembro atingiu R$ 2,105 trilhões, com crescimento real de 3,49% frente ao mesmo período de 2024. Esses números reforçam trajetória de expansão da arrecadação no ano, mesmo com desafios econômicos.
Implicações para as contas públicas
Com o resultado de setembro, o governo fortalece sua posição fiscal, embora ainda persista a necessidade de ajustes e contenção de gastos. O aumento da arrecadação ajuda a compensar pressões como o déficit estimado para o orçamento de 2026, porém não elimina a importância de manter disciplina fiscal.
Ainda assim, a forte contribuição do IOF evidencia maior dependência de receitas voláteis e de base menos estável. Nesse sentido, a governança tributária e a previsibilidade de receitas tornam-se elementos centrais para a sustentabilidade fiscal.
O que observar adiante
Nos próximos meses, vale acompanhar:
- A evolução da arrecadação de PIS/Cofins e IRPF, ambos com influência relevante sobre o volume total de receitas.
- O impacto das renúncias fiscais, que somaram cerca de R$ 9,933 bilhões em setembro e reduziram o ritmo de crescimento real.
- A publicação de dados de execução orçamentária pelas contas federais, que fornecerão pistas sobre o comportamento de gastos e receitas até o fim do ano.









