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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Fitch rebaixa Raízen e alerta para endividamento

Agência cita margens menores e incerteza de geração de caixa; rating nacional permanece em “AAA(bra)”

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

A Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito global da Raízen (RAIZ4) de BBB para BBB-, com perspectiva negativa. O corte reflete preocupações com a geração de caixa da companhia, que atua nos segmentos de etanol, açúcar e distribuição de combustíveis. Apesar da piora na avaliação global, a agência manteve o rating nacional em AAA(bra), sinalizando solidez no mercado doméstico.

Segundo o relatório divulgado pela Fitch, a decisão foi motivada por margens comprimidas e volumes de vendas abaixo das expectativas na última safra. A agência destacou que o aumento dos custos operacionais e a necessidade de novos investimentos (capex) pressionam o fluxo de caixa livre. A análise também considerou o cenário mais competitivo do setor de energia e biocombustíveis no Brasil.

Pressão no caixa e risco de endividamento

De acordo com o Money Times, a Raízen vem tentando reequilibrar seu perfil financeiro após uma sequência de resultados abaixo do esperado. A empresa enfrenta custos maiores com armazenagem e logística, além de volatilidade nos preços do açúcar e do etanol.

Embora a companhia mantenha forte presença no mercado brasileiro, a Fitch entende que o nível de alavancagem continua elevado e pode limitar a capacidade de investimento em novos projetos. Esse cenário, segundo a agência, justifica a manutenção da perspectiva negativa para o rating internacional.

Reação do mercado e perspectivas para a ação

Após o rebaixamento, analistas revisaram as estimativas para o papel RAIZ4. O Banco Safra, citado pelo Money Times, reduziu o preço-alvo das ações, mas manteve recomendação outperform, com aposta em recuperação gradual na safra 2026. Além disso, a leitura do mercado é que o impacto sobre o custo de captação pode ser contido se a empresa apresentar melhora operacional já no próximo trimestre.

Investidores devem acompanhar os indicadores de rentabilidade e endividamento, especialmente se a empresa anunciar novas metas de desalavancagem. O desempenho das ações também dependerá do ritmo de retomada dos preços internacionais do açúcar e do etanol, que influenciam diretamente a receita da Raízen.

O que acompanhar daqui pra frente

Nos próximos meses, o mercado observará três pontos principais:

  1. Resultado do próximo balanço trimestral, que mostrará se as medidas de ajuste financeiro surtiram efeito.
  2. Evolução do câmbio e dos preços de commodities, fundamentais para recompor margens.
  3. Posição das agências de rating concorrentes, como S&P e Moody’s, que poderão revisar suas notas diante do novo cenário operacional.

Mesmo com o rebaixamento global, a Raízen segue como uma das maiores produtoras de energia renovável do país e referência no setor de biocombustíveis. Contudo, a manutenção da saúde financeira dependerá da capacidade de execução e da disciplina no controle de custos.

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