Companhia prevê superar a Rio Tinto e consolidar crescimento após ganhos de eficiência e estabilidade nas operações
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A Vale S.A. deve reassumir a liderança mundial na produção de minério de ferro ainda em 2025, superando a australiana Rio Tinto, afirmou o CEO Eduardo Bartolomeo. O executivo destacou que a empresa vive “o ponto mais sólido desde 2019”, com ganhos de produtividade e retomada de minas estratégicas. A informação foi divulgada pela InfoMoney e confirmada pela Reuters.
Expansão e foco em eficiência
Bartolomeo afirmou que a Vale está perto de atingir 340 milhões de toneladas por ano, o que deve recolocar a mineradora na liderança global. Em 2024, a produção foi de 317 milhões de toneladas, segundo relatório da companhia. “Temos um portfólio sólido e estamos voltando a ser referência mundial”, afirmou o CEO.
Nos últimos anos, a empresa intensificou investimentos em automação, segurança e logística, o que reduziu custos e aumentou o aproveitamento da ferrovia de Carajás e do terminal de Ponta da Madeira, no Maranhão. Esses avanços, segundo Bartolomeo, explicam o novo ciclo de crescimento da mineradora.
Rivalidade com a Rio Tinto e cenário do mercado
A Rio Tinto produziu 331 milhões de toneladas em 2024, mantendo a liderança temporária. No entanto, enfrenta gargalos logísticos e custos maiores na Austrália Ocidental. Esse cenário abre espaço para a Vale recuperar mercado, especialmente após reativar unidades paralisadas desde Brumadinho.
Analistas ouvidos pela Reuters afirmam que o movimento coincide com a alta da demanda chinesa e a valorização do minério, que voltou à faixa de US$ 110 por tonelada. Assim, a Vale aproveita um momento de preços firmes e recuperação industrial na Ásia.
Próximos passos e diversificação
A empresa também amplia investimentos em níquel e cobre, buscando diversificar receitas e reduzir dependência do ferro. Projetos como o Salobo 3, no Pará, e as operações de níquel no Canadá devem fortalecer o portfólio até 2026.
Com as bases consolidadas e a governança reforçada, a mineradora pretende recuperar margens operacionais e manter a disciplina de capital. “A Vale está voltando ao protagonismo, com foco em eficiência e sustentabilidade”, concluiu Bartolomeo.









