Você vai ver que o Bradesco anunciou aumento do lucro líquido recorrente no 3º trimestre de 2025, superando as projeções do mercado e alinhado ao movimento da temporada de balanços do 3T25. O banco manteve tração comercial e a inadimplência sob controle, e a transformação digital segue sustentando a competitividade de longo prazo, em um cenário marcado pela entrada de fintechs que tem pressionado taxas de crédito. O artigo traz detalhes sobre a evolução da carteira de crédito, das receitas e da posição de capital para que você entenda o quadro completo (fonte: https://www.infomoney.com.br/mercados/bradesco-bbdc4-resultados-terceiro-trimestre-2025/).
Bradesco fecha 3º trimestre com lucro recorrente de R$ 6,2 bilhões; o que você precisa saber
Resultados principais
O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 18,8% ano a ano, acima da mediana das projeções (≈ R$ 6,05 bilhões). Não houve eventos não recorrentes, portanto o lucro contábil foi igual ao recorrente. Esse desempenho insere-se no contexto mais amplo do desempenho dos grandes bancos no período (comparativo do lucro dos grandes bancos no 3T25). Para as regras de divulgação e os relatórios exigidos de companhias abertas, consulte as Informações sobre divulgação de resultados da autoridade competente.
Principais indicadores — Bradesco 3T25
- Lucro recorrente: R$ 6,2 bi
- Receitas: R$ 35 bi
- Carteira: R$ 1,03 trilhão
- ROAE: 14,7%
- Inad.: 4,1%
Detalhes operacionais e carteira de crédito
A carteira de crédito expandida atingiu R$ 1,03 trilhão, crescimento de 9,6% em 12 meses e de 1,6% no trimestre. Desse total, R$ 451,6 bilhões correspondem a pessoa física (alta de 13,8% ano a ano) e R$ 582,7 bilhões a pessoa jurídica. A inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,1%, estável frente ao trimestre anterior e ligeiramente abaixo do nível de um ano antes. Parte desse dinamismo da carteira reflete pressões competitivas e ajustes de preço no mercado de crédito, nos quais a concorrência das fintechs tem papel relevante. Para checar séries históricas e indicadores oficiais do sistema financeiro, consulte as Séries e estatísticas de crédito bancário do Banco Central.
Receitas, margem e custo de crédito
As receitas totais somaram R$ 35 bilhões, alta de 13,1% na comparação anual. A margem financeira total cresceu 16,9% ano a ano. O custo do crédito foi de 3,3%, com aumento de 20,1% em relação ao 3T24 (3,2% no trimestre anterior). A recuperação de crédito somou R$ 805 milhões, queda de 16,7% em relação ao 3T24. Para entender melhor as fontes de receita e como bancos extraem lucro mesmo com tarifas mais baixas, veja a explicação sobre como os bancos capturam receita. Além disso, pressões no custo do crédito se relacionam a fatores como taxas de juros do rotativo do cartão, tema abordado em análises sobre o juros do rotativo do cartão de crédito. Para relatórios setoriais e pesquisas sobre tarifas e comportamento do crédito, consulte os Relatórios e pesquisas sobre crédito e tarifas da entidade representante dos bancos.
Capital, eficiência e quadro de pessoal
Ao fim do trimestre: índice de capital nível 1 em 13,4% e índice de capital principal em 11,4%. O ROAE subiu para 14,7% (ante 14,6% no trimestre anterior e 12,4% no 3T24). Em setembro havia 2.059 agências (contra 2.168 em junho e 2.355 no ano anterior) e 81.657 funcionários (contra 82.147 em junho e 84.018 no ano anterior). Para contextualizar mudanças no quadro de pessoal com indicadores macro do mercado de trabalho, veja os Dados sobre emprego e mercado de trabalho do IBGE.
Metas e contexto para o restante do ano
O banco manteve as projeções para 2025: crescimento da carteira de crédito expandida entre 4% e 8% e margem financeira líquida entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. Até setembro, a margem financeira líquida acumulada foi de R$ 29,64 bilhões. As metas refletem expectativas sobre caminho da taxa básica e recomendações de mercado — inclusive debates sobre como uma queda da Selic pode afetar recomendações para bancos — e influenciam a reação dos mercados, como em movimentos do Ibovespa e do câmbio diante da temporada de balanços. Para acompanhar projeções fiscais e diretrizes que influenciam este cenário macro, consulte o Cenário macro e orientações de política econômica do Ministério da Economia.
Conclusão
O Bradesco entregou lucro recorrente de R$ 6,2 bilhões, acima das projeções, sustentado por tração comercial, controle da inadimplência e avanço da transformação digital. Os números mostram resiliência operacional e capital compatível, mas há riscos — desaceleração econômica e aumento do custo do crédito — que exigem acompanhamento. A manutenção das metas para 2025 indica disciplina, embora a incerteza persista. Para comparar esse desempenho com o conjunto dos grandes bancos e a evolução dos lucros no período, confira o levantamento sobre o lucro dos grandes bancos no 3º trimestre de 2025.
Para mais detalhes e a cobertura completa dos resultados do banco, consulte: https://www.infomoney.com.br/mercados/bradesco-bbdc4-resultados-terceiro-trimestre-2025/.
Perguntas frequentes
- O que significa lucro recorrente de R$ 6,2 bilhões?
É o lucro operacional do banco sem eventos pontuais, refletindo a performance contínua.
- Por que esse número é importante para investidores?
Superar expectativas indica maior rentabilidade e pode influenciar a percepção do mercado sobre o valor da ação, embora não garanta valorização automática.
- O que impulsionou a alta de 18,8% no lucro?
Maior margem financeira, crescimento da carteira de crédito, controle da inadimplência e ganhos da transformação digital.
- Esse desempenho é sustentável?
A administração acredita que sim, com execução do plano de transformação e disciplina comercial, mas os riscos macroeconômicos podem afetar a sustentabilidade.
- O resultado muda algo para clientes e agências?
Houve redução de agências e foco em canais digitais. Serviços e atendimento continuam, com maior ênfase em eficiência.
Fonte e leitura adicional: https://www.infomoney.com.br/mercados/bradesco-bbdc4-resultados-terceiro-trimestre-2025/.









