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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Brasil perde espaço após novo acordo tarifário entre EUA e China

Mudança nas alíquotas favorece produtos chineses e pressiona exportadores brasileiros em setores como agronegócio e manufatura

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

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O Brasil enfrenta um novo obstáculo comercial após o governo de Donald Trump anunciar a redução de tarifas para a China. O acordo, fechado nesta sexta-feira (31), coloca os exportadores brasileiros em desvantagem. Conforme o G1, produtos chineses terão redução de até 20% nas tarifas de importação, enquanto as alíquotas sobre itens brasileiros seguem próximas de 50%.

Acordo redefine o comércio global

O pacto entre Estados Unidos e China inclui compromissos bilaterais estratégicos. Pequim deve ampliar as compras de soja norte-americana, cooperar no combate ao fentanil e reduzir barreiras a empresas dos EUA. Em troca, Washington aliviará tarifas e suspenderá restrições sobre terras raras, segundo a Agência Brasil.

Com as novas condições, os produtos chineses ganharam acesso mais competitivo ao mercado americano. O Brasil, porém, ficou fora do acordo e agora busca saídas para não perder participação em setores estratégicos.

Exportadores brasileiros cobram reação

Representantes da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio) pediram ação imediata do governo. De acordo com o InfoMoney, o temor é de que contratos e investimentos sejam redirecionados para países asiáticos. O MDIC avalia abrir diálogo com Washington para renegociar tarifas e evitar prejuízos.

Além disso, há preocupação com o efeito sobre o agronegócio e a indústria de base, já que ambos dependem fortemente das exportações para o mercado americano. Se não houver resposta rápida, analistas dizem que a perda de competitividade poderá se tornar estrutural.

Caminhos para mitigar o impacto

Especialistas ouvidos pela Bloomberg Línea sugerem três medidas prioritárias:

  1. Acelerar negociações bilaterais para buscar condições tarifárias equivalentes às da China;
  2. Diversificar mercados e fortalecer acordos com Europa, Oriente Médio e América Latina;
  3. Aumentar o valor agregado das exportações, com inovação e tecnologia industrial.

Essas ações, segundo economistas, ajudariam a reduzir a dependência do mercado norte-americano e proteger o país de oscilações políticas externas.

Risco de isolamento comercial

Sem ajustes, o Brasil pode ser isolado nas cadeias globais de valor. O economista Ricardo Balistiero, ouvido pelo G1, afirma que “os EUA estão protegendo seu emprego doméstico e limitando a influência chinesa, mas o custo recai sobre economias intermediárias como a brasileira”.

Enquanto isso, as tarifas continuam pesando sobre os produtos brasileiros. E, no novo tabuleiro comercial, quem demora a reagir tende a ficar para trás.

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