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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Banco Central migra R$ 37 bi em consignados e libera portabilidade

Sistema moderniza o crédito com desconto em folha e promete mais transparência, concorrência e juros menores

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

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Cerca de R$ 37 bilhões em contratos antigos de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada já foram migrados para a nova plataforma digital do Banco Central (BC), segundo o G1. O sistema, que começou a operar em outubro, centraliza informações e permite que os trabalhadores com carteira assinada (CLT) façam portabilidade de empréstimos entre bancos de forma simplificada e segura.

Modernização do crédito e avanço da transparência

O objetivo da plataforma é modernizar o mercado de crédito com desconto em folha, que movimenta mais de R$ 520 bilhões por ano no Brasil. A integração digital substitui um modelo considerado burocrático e opaco, em que a portabilidade dependia de solicitações presenciais e da aprovação da empresa contratante. Agora, o processo é 100% online, dentro do ambiente regulado pelo BC, com garantias de autenticação e rastreabilidade.

De acordo com o Banco Central, a nova estrutura amplia a concorrência entre bancos e financeiras, o que deve estimular a redução dos juros cobrados dos trabalhadores. Com a possibilidade de comparar taxas e migrar contratos em poucos cliques, a expectativa é que a portabilidade ganhe escala e reduza o custo médio do consignado privado.

Impacto sobre bancos e consumidores

Segundo o G1, bancos e instituições financeiras terão de se adaptar a um cenário mais competitivo. Antes, muitas operações de portabilidade eram travadas por falta de padronização de dados e resistência das empresas intermediárias. Com o novo modelo, o trabalhador tem mais autonomia e pode transferir o crédito mesmo que o empregador não participe ativamente do processo.

Especialistas destacam que essa mudança tende a beneficiar cerca de 40 milhões de brasileiros com carteira assinada, que agora podem migrar contratos com mais liberdade. Para os bancos, o desafio será manter clientes oferecendo melhores taxas e serviços adicionais — um movimento semelhante ao que ocorreu com o open finance, implantado nos últimos anos.

Proteção e governança digital

O sistema também traz mecanismos de segurança cibernética e auditoria, reduzindo o risco de fraudes e a duplicidade de contratos. A portabilidade só é validada com a autenticação do trabalhador em ambiente seguro, e o histórico das operações ficará disponível para consulta por meio do Registrato, plataforma oficial do BC.

Além disso, os dados sobre taxa de juros, prazos e valores contratados serão padronizados, o que facilita a fiscalização por órgãos reguladores e reforça a educação financeira dos consumidores.

Próximos passos e perspectivas

Com a migração inicial de R$ 37 bilhões, o BC planeja incluir novos produtos de crédito na plataforma ao longo de 2026. A meta é alcançar R$ 200 bilhões em operações integradas até o fim do próximo ano.

Para o economista Ricardo Balistiero, ouvido pelo G1, “a portabilidade digital é um marco de transparência no sistema financeiro e fortalece a competição em favor do trabalhador”.

A mudança sinaliza um novo ciclo para o crédito consignado no Brasil: mais acessível, digital e competitivo.

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