Bolsa brasileira atinge recorde histórico impulsionada por fluxo estrangeiro e otimismo com cenário fiscal; câmbio cai com maior entrada de dólares no país
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O Ibovespa superou nesta segunda-feira (3) a marca histórica de 150 mil pontos, encerrando o pregão em 150.221, de acordo com dados do G1. O feito reflete o forte fluxo de investidores estrangeiros, o avanço das commodities e o otimismo com a economia brasileira, em meio à valorização das bolsas internacionais.
Ao mesmo tempo, o dólar comercial fechou em queda de 0,44%, cotado a R$ 5,36, na esteira da melhora do apetite global por risco e do maior ingresso de recursos no país. O movimento também é influenciado pela percepção de que as contas públicas seguem sob controle após a sanção da lei que autoriza o governo a mirar o piso da meta fiscal em 2025.
Recorde impulsionado por fluxo e confiança
Segundo o G1, o avanço do índice foi liderado por ações de grandes exportadoras, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que se beneficiaram da alta nas cotações do minério de ferro e do petróleo no exterior. O setor financeiro também contribuiu para o resultado, com bancos e seguradoras entre os maiores ganhos da sessão.
A melhora do humor global foi apoiada pelos resultados positivos nas bolsas asiáticas e europeias, que operaram em alta diante da expectativa de estabilidade monetária nos Estados Unidos. A tendência foi reforçada pela percepção de que os principais bancos centrais estão próximos do fim do ciclo de aperto de juros, o que estimula o fluxo para mercados emergentes.
O marco de 150 mil pontos simboliza a recuperação do mercado brasileiro após meses de volatilidade. Analistas apontam que o bom desempenho é sustentado por sinais de solidez fiscal, inflação sob controle e crescimento moderado do PIB, fatores que fortalecem a atratividade do Brasil no cenário internacional.
O que esperar
Apesar do recorde histórico, especialistas ouvidos pelo G1 destacam que a continuidade do rali dependerá do comportamento do dólar, da política fiscal e das decisões de juros no Brasil e no exterior.
Se o fluxo estrangeiro permanecer firme e o cenário macroeconômico seguir estável, o Ibovespa pode buscar novas máximas nominais ainda em novembro. No entanto, possíveis revisões nas metas fiscais, oscilações nas commodities e a volatilidade global podem trazer ajustes pontuais nos próximos pregões.
Para o investidor, a recomendação é de cautela estratégica: aproveitar o momento de valorização, mas mantendo diversificação de portfólio e atenção às próximas sinalizações do Banco Central e do Federal Reserve (Fed).









