Agência reafirma nota “CCC+” e alerta que, apesar das reformas e do apoio financeiro, país segue vulnerável a choques externos e fiscais
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A Fitch Ratings manteve o rating soberano da Argentina em “CCC+”, sinalizando que o país continua em elevado risco de calote, mesmo após uma sequência de notícias consideradas positivas para o mercado. Segundo o Money Times, a agência destacou que, embora as eleições tenham favorecido o governo e o país tenha recebido apoio financeiro dos Estados Unidos, os fundamentos macroeconômicos seguem frágeis.
O relatório cita que a Argentina ainda enfrenta reservas internacionais baixas, pressões inflacionárias persistentes e alto endividamento externo, fatores que limitam sua capacidade de pagamento. A Fitch também ressaltou que a recente linha de crédito de US$ 40 bilhões proveniente dos EUA, por meio de mecanismos de swap e acordos de liquidez, não altera de forma estrutural o quadro fiscal e cambial do país.
Fragilidade estrutural e desafios políticos
De acordo com o Money Times, a manutenção da nota reflete preocupações com a dependência de recursos externos e o desgaste político em torno das reformas econômicas propostas pelo governo de Javier Milei. Embora o presidente tenha obtido apoio legislativo em recentes votações, a execução das medidas liberalizantes deve enfrentar resistência de sindicatos e partidos de oposição.
O relatório da Fitch aponta que, mesmo com o alívio temporário trazido pelo pacote americano, a trajetória da dívida pública argentina permanece instável. O país precisará reforçar suas reservas e reduzir déficits para recuperar credibilidade junto aos credores internacionais.
O que esperar
Para os analistas, o país caminha em uma linha tênue entre a estabilidade e o colapso fiscal. A manutenção da classificação em “CCC+” indica que qualquer choque — político, cambial ou externo — pode levar a um novo rebaixamento.
O foco agora recai sobre a implementação das reformas prometidas por Milei e sobre o impacto das políticas liberais no equilíbrio das contas públicas. Caso consiga sustentar os ajustes e garantir estabilidade monetária, a Argentina poderá, gradualmente, melhorar sua percepção de risco e reconquistar a confiança dos mercados.









