Governo francês dá 48 horas para a empresa comprovar retirada dos produtos e cumprir as leis locais
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O governo da França iniciou um processo formal para suspender a Shein após a descoberta de bonecas sexuais infantis e armas à venda no marketplace da varejista chinesa, segundo a Reuters. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5), no mesmo dia em que a empresa inaugurou sua primeira loja física em Paris, transformando o lançamento em uma crise de reputação.
O Ministério das Finanças francês determinou que a Shein tem 48 horas para comprovar a retirada completa dos produtos ilegais e adequar-se à legislação. Caso contrário, todo o site poderá ser bloqueado no país. O governo também solicitou à Comissão Europeia uma investigação sobre as práticas da varejista, que já enfrenta outras apurações por produtos considerados perigosos.
Crise de imagem e reação imediata
Em resposta, a Shein informou ter banido globalmente a categoria de bonecas sexuais e suspenso temporariamente seu marketplace francês para revisar os mecanismos de controle de vendedores terceiros. A empresa afirmou que sanções foram aplicadas aos responsáveis pelas listagens e que novos filtros estão sendo implementados para impedir conteúdo ilegal.
A abertura da loja da marca na BHV Marais, um dos endereços mais tradicionais de Paris, foi recebida com protestos de grupos de defesa de direitos infantis e críticas de autoridades locais. Manifestantes exibiram cartazes com frases como “Shame on Shein” (“Que vergonha, Shein”) e denunciaram o modelo de negócios da empresa, acusado de explorar mão de obra barata e impactar negativamente o comércio local.
O episódio ocorre enquanto o governo francês reforça a regulação sobre plataformas estrangeiras, após casos semelhantes envolvendo a Wish, em 2021. A ofensiva contra a Shein reforça o cerco europeu às gigantes do e-commerce, pressionadas a garantir transparência, segurança e responsabilidade social em seus marketplaces.









