Tarifas americanas reduzem vendas à maior economia do mundo, mas o Brasil consegue manter saldo positivo no comércio global
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As vendas brasileiras aos Estados Unidos despencaram 38% em outubro frente ao mesmo mês de 2024, reflexo direto das restrições tarifárias impostas por Washington, conforme dados divulgados pelo governo nacional e reportados pelo G1. Ainda que o resultado bilateral tenha sido adverso, o Brasil conseguiu fechar o mês com superávit em sua balança comercial global, ajudado pela recuperação de outros destinos de exportação e queda relativa nas importações.
Tarifas americanas freiam exportações
Conforme divulgado, as exportações brasileiras aos EUA totalizaram aproximadamente US$ 2,21 bilhões em outubro, queda expressiva frente ao ano anterior. Ao mesmo tempo, as importações da maior economia do mundo para o Brasil somaram cerca de US$ 3,97 bilhões, gerando um déficit bilateral aproximado de US$ 1,76 bilhão no mês. A decisão dos EUA de impor tarifas tarifárias ao Brasil pesa diretamente sobre esse resultado negativo.
Superávit externo graças a outras frentes
Apesar do resultado negativo com os EUA, o Brasil reportou um superávit comercial global de US$ 6,96 bilhões em outubro, o que representa crescimento de cerca de 70% frente ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados governamentais. O avanço se deve ao aumento nas exportações para mercados como China, União Europeia e países do Mercosul, combinado com retração ou estabilidade nas importações.
Implicações para a economia brasileira
Para investidores e formadores de opinião, o quadro traz duas mensagens simultâneas. Por um lado, a forte queda nas vendas aos EUA evidencia a vulnerabilidade do Brasil a choques externos e à política comercial agressiva. Por outro, o superávit externo mostra resiliência estrutural, o que pode aliviar pressão sobre o câmbio e imprimir maior conforto à política econômica. No entanto, essa resiliência depende de continuidade do bom desempenho com demais parceiros e manutenção das exportações de commodities.
O que acompanhar daqui para frente
É crucial monitorar como o Brasil reagirá às tarifas dos EUA e se o governo conseguirá diversificar ainda mais seus mercados. Por outro lado, o impacto no câmbio, nas contas externas e na inflação poderá se intensificar caso o déficit com os EUA se prolongue ou outras frentes de exportação enfraqueçam. Em suma: o superávit global é um alívio, mas o choque americano é uma latente fonte de risco estrutural.









