Mercados reagem à expectativa de reabertura do governo americano e a declarações do presidente do Banco Central sobre política monetária
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news
O dólar opera em alta nesta quarta-feira (12), subindo 0,45% por volta das 13h45, cotado a R$ 5,2962, enquanto o Ibovespa recuava 0,58%, aos 156.774 pontos, segundo o G1. O movimento ocorre após uma sequência de recordes na bolsa brasileira e reflete o ajuste dos investidores ao cenário global e às falas do Banco Central.
Shutdown nos EUA e expectativa por acordo
Nos Estados Unidos, a Câmara deve votar ainda hoje o acordo que retoma o financiamento do governo federal até janeiro de 2026, encerrando o shutdown que já dura 43 dias. O presidente Donald Trump indicou que sancionará o texto assim que for aprovado.
A paralisação, que interrompeu parte das atividades e a divulgação de dados econômicos, provocou volatilidade nos mercados nas últimas semanas. A possível solução traz alívio parcial, mas ainda deixa dúvidas sobre o impacto fiscal e político do impasse.
Indicadores e cenário doméstico
No Brasil, o destaque da manhã foi a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE, que mostrou crescimento de 0,6% em setembro frente a agosto e 4,1% na comparação anual, superando as expectativas do mercado. Esse foi o oitavo mês consecutivo de alta, levando o índice ao maior nível da série histórica.
O desempenho do setor de serviços é visto como um termômetro importante para o PIB, ajudando a calibrar projeções sobre os próximos passos do Banco Central em relação à taxa Selic, atualmente em 15% ao ano.
Galípolo e sinalizações do Banco Central
Os investidores também acompanham as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que participa de eventos com o mercado financeiro. Pela manhã, ele destacou a importância de observar a dinâmica da inflação e a resiliência da economia antes de discutir possíveis cortes de juros. À tarde, Galípolo fala em um evento da Bradesco Asset, o que pode gerar novas reações.
As falas do BC são interpretadas como mensagens de estabilidade, reforçando a ideia de que a autoridade monetária deve adotar cautela antes de qualquer mudança na Selic, apesar dos sinais de desaceleração inflacionária.
Política e percepção de risco
Também nesta quarta-feira, a pesquisa Genial/Quaest confirmou tendência de estabilização na aprovação do governo Lula, após meses de melhora. O levantamento teve impacto limitado sobre os ativos, já que o mercado mantém foco nos indicadores macroeconômicos e no ambiente externo.
Com o cenário internacional ainda volátil e as atenções voltadas à política monetária, o dia começou com correção técnica no Ibovespa e valorização do dólar, em linha com o movimento global de reprecificação de risco.









