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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Relatório revela códigos secretos que permitem congelar fundos em 16 blockchains

Levantamento questiona o princípio de descentralização e acende alerta sobre governança e transparência no ecossistema cripto

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

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Um relatório divulgado pelo Money Times revelou que 16 blockchains possuem linhas de código capazes de congelar fundos de usuários, contrariando o princípio de descentralização total que orienta o setor de criptomoedas. O estudo, conduzido pelo Lazarus Security Lab (vinculado à corretora Bybit), examinou 166 redes blockchain e encontrou mecanismos ocultos de intervenção em menos de 10% delas.

O que o relatório descobriu

De acordo com o levantamento, as blockchains analisadas foram classificadas em três grupos principais:

  • Congelamento embutido no código (“hardcoded”) — presente diretamente na estrutura da blockchain, permitindo que administradores travem contas ou movimentações. Entre as redes citadas estão Chiliz (CHZ), BNB Chain e VeChain.
  • Congelamento baseado em configuração — controlado por validadores ou fundações, caso de redes como Aptos, Sui, EOS e Waves.
  • Congelamento via contratos inteligentes (on-chain) — executado a partir de smart contracts específicos, como ocorre na HECO (Huobi Eco Chain).

Segundo o relatório, a existência desses comandos representa uma contradição técnica e ética: embora justificados como ferramentas de segurança contra ataques e fraudes, eles abrem margem para centralização de poder e intervenções arbitrárias.

Riscos para investidores e usuários

Para o investidor de criptoativos, a descoberta reforça a importância de avaliar o nível de governança e transparência das redes em que se investe. Blockchains com códigos de congelamento podem, em tese, bloquear ou restringir transações sem aviso prévio, comprometendo a liquidez e a autonomia financeira do usuário.

Especialistas citados pelo Money Times alertam que a presença desses mecanismos pode ainda facilitar a ação de reguladores ou autoridades judiciais, transformando o espaço cripto em um ambiente parcialmente controlado — algo distante da filosofia original do Bitcoin.

A fronteira entre segurança e descentralização

Os autores do estudo reconhecem que algumas redes mantêm funções de congelamento para casos emergenciais, como roubos, bugs ou brechas em contratos inteligentes. No entanto, a falta de transparência sobre quem tem acesso a essas ferramentas é vista como um risco grave para a confiança do mercado.

Com a crescente adoção institucional e o avanço de regulamentações no mundo todo, o relatório sugere que o futuro das criptomoedas dependerá do equilíbrio entre segurança, privacidade e descentralização.

Enquanto isso, o debate sobre governança blockchain ganha força: até que ponto uma rede pode ser considerada descentralizada se há “chaves” que permitem congelar transações?

A resposta, dizem os analistas, definirá o rumo da próxima geração de blockchains — e da própria credibilidade do mercado cripto.

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