Avanço é puxado por transportes, tecnologia e comunicação; desempenho confirma retomada gradual da economia brasileira
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O setor de serviços cresceu 0,6% em setembro na comparação com agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicados pela Agência Brasil. Esse é o oitavo mês consecutivo de alta, confirmando a resiliência do setor que mais emprega no país.
Oitavo mês de alta e melhor patamar histórico
Na comparação com setembro de 2024, o volume de serviços avançou 4,1%, enquanto no acumulado de 2025 a alta chega a 2,8%. No período de 12 meses, o crescimento ficou em 3,1%, de acordo com o IBGE. O indicador também atingiu o maior nível da série histórica, consolidando a trajetória de retomada iniciada no início do ano.
O que puxou o crescimento
De acordo com o IBGE, os principais vetores da expansão foram os segmentos de transporte e armazenagem, informação e comunicação e serviços profissionais, administrativos e complementares. O desempenho positivo reflete tanto o aumento da mobilidade urbana quanto a demanda por soluções digitais e logísticas em um ambiente de desaceleração da inflação e melhora gradual do consumo.
Além disso, a recuperação da renda real e a estabilização dos juros favoreceram setores voltados ao consumo das famílias. “O resultado de setembro reforça a tendência de estabilidade e crescimento sustentável do setor”, informou o órgão à Agência Brasil.
Impacto no PIB e nas decisões do Banco Central
O setor de serviços representa cerca de 70% do PIB brasileiro, funcionando como termômetro da atividade econômica. A sequência de resultados positivos reforça as projeções de expansão do PIB para o quarto trimestre e deve influenciar as discussões sobre política monetária.
O avanço contínuo dos serviços, aliado à inflação controlada, tende a aumentar a confiança de que a Selic pode permanecer estável por mais tempo — um dos pontos citados pelo Banco Central em suas comunicações recentes.
Perspectivas e próximos meses
Os analistas apontam que o ritmo de expansão deve continuar moderado até o fim do ano, sustentado por consumo, crédito e digitalização. Contudo, alertam para possíveis riscos fiscais e desaceleração global, que podem limitar a força do setor nos próximos trimestres.
Mesmo com incertezas, o relatório do IBGE indica um cenário de resiliência econômica, com o setor de serviços atuando como principal motor de crescimento do país — e sustentando a base do mercado de trabalho formal.









