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sexta-feira, novembro 14, 2025
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Petróleo dispara após ataque devastar porto russo e travar exportações: o que está por trás da nova escalada?

Os preços do petróleo voltaram a subir com força nesta sexta-feira (14) depois que um novo ataque ucraniano atingiu em cheio uma das áreas mais sensíveis da infraestrutura energética da Rússia. A ofensiva, realizada durante a madrugada, paralisou operações em um dos principais portos de exportação do país e reacendeu preocupações sobre oferta global.

Logo no início da manhã, a reação do mercado foi imediata: o Brent chegou a subir mais de 2% e, por volta das 10h40 (horário de Brasília), avançava 1,37%, negociado a US$ 63,86 o barril.

O WTI, referência nos Estados Unidos, também acelerou a alta e ganhava 1,72%, cotado a US$ 59,69.

A escalada acontece em meio a uma série de ataques que a Ucrânia vem promovendo contra instalações estratégicas russas, principalmente refinarias, oleodutos e portos — ações que, segundo Kiev, têm como objetivo reduzir a capacidade de Moscou de financiar sua operação militar.

Ataque atinge porto crucial para a Rússia

O episódio mais recente teve como alvo o porto de Novorossiysk, no Mar Negro.

A região é um dos pilares das exportações russas de petróleo e gás, responsável por escoar volumes significativos para a Europa, Ásia e Oriente Médio. Após o ataque, as operações precisaram ser completamente suspensas.

Autoridades locais relataram danos em um navio ancorado, em prédios residenciais próximos e em um depósito de petróleo. Até o momento, não houve confirmação oficial sobre a extensão das perdas, mas fontes regionais afirmam que a interrupção pode durar mais de 24 horas.

A estatal russa Transneft, responsável pelo monopólio dos oleodutos do país, suspendeu imediatamente o fornecimento de petróleo para o terminal — e manteve silêncio sobre a situação.

O Caspian Pipeline Consortium (CPC), responsável por exportar petróleo do Cazaquistão a partir de um terminal vizinho, também interrompeu os carregamentos até que o alerta para novos ataques seja retirado.

Por que este ataque mexeu tanto com os preços do petróleo?

Embora a guerra já tenha provocado diversos impactos no mercado global de energia desde 2022, o ataque a Novorossiysk ganhou proporção maior porque atinge diretamente a logística de exportação, não apenas a capacidade de refino.

É considerada uma das ações mais contundentes contra a infraestrutura russa em meses.

Desde agosto, drones ucranianos de longo alcance têm atingido:

  • refinarias no interior da Rússia,
  • oleodutos estratégicos,
  • portos no Mar Negro e no Báltico,
  • terminais de armazenamento.

Cada uma dessas ofensivas pressiona o preço internacional, mas atingir um porto que movimenta milhões de barris por dia cria um risco adicional: um possível gargalo prolongado na oferta global de petróleo.

Para traders e analistas, o ataque reforça que o conflito ainda tem grande potencial para afetar o abastecimento global — especialmente porque ocorre em um cenário de fragilidade econômica de diversos países importadores.

Tensão geopolítica e mercado sensível

Em momentos de incerteza, o petróleo tende a reagir de forma imediata.

Além do risco de interrupção do fluxo russo, há preocupações adicionais:

  • possível resposta militar mais dura de Moscou,
  • riscos de novos ataques ucranianos,
  • impacto sobre rotas de transporte marítimo,
  • sensibilidade de países europeus altamente dependentes de energia.

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo. Qualquer interrupção significativa nas exportações costuma gerar impacto direto no equilíbrio entre oferta e demanda global.

O que esperar para os próximos dias?

Analistas acreditam que o mercado deve continuar volátil enquanto houver risco de novos ataques — especialmente porque o uso de drones de longo alcance vem se tornando mais sofisticado.

Além disso, investidores aguardam comunicados de autoridades russas e de grandes consórcios internacionais para medir o grau de comprometimento do terminal.

Se a paralisação durar mais tempo que o previsto, a pressão sobre os preços deve aumentar.

💡 Para acompanhar desdobramentos geopolíticos que mexem diretamente com o mercado de energia, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que os preços do petróleo subiram tão rápido?

Porque o ataque atingiu um porto essencial para as exportações russas, interrompendo parte da oferta global.

O ataque ucraniano gerou danos graves?

Sim. Há relatos de danos em infraestrutura, navios e depósitos de petróleo, além da interrupção total das operações em Novorossiysk.

Esse tipo de ataque pode se repetir?

Pode. A Ucrânia vem intensificando ataques a instalações energéticas russas usando drones de longa distância.

Como essa interrupção afeta o mercado global?

Qualquer redução brusca na oferta russa gera preocupação internacional e pressiona os preços.

O Brent e o WTI podem subir ainda mais?

Depende da duração da interrupção e do risco de novos ataques. Se a paralisação se prolongar, novas altas são prováveis.

Outros países podem ser afetados?

Sim. Países que dependem das exportações russas podem sentir impacto direto no custo da energia.

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