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A eleição presidencial no Chile surpreendeu. Jeannette Jara venceu o primeiro turno. Ela é candidata do Partido Comunista. Além disso, conta com apoio do presidente Gabriel Boric.

Porém, o clima em sua campanha não é de euforia. Pelo contrário. A direita somou 52% dos votos. Assim sendo, José Antonio Kast chega fortalecido ao segundo turno. A disputa acontece em 14 de dezembro.

A vantagem numérica dos conservadores transformou a vitória apertada de Jara em preocupação. Ela ficou apenas três pontos à frente de Kast.

Por que Jara enfrenta dificuldades?

A candidata esperava um resultado melhor. Em contrapartida, terminou o domingo com números abaixo do projetado. Sua campanha agora precisa conter o medo entre apoiadores. Ao mesmo tempo, busca votos fora da base progressista.

Em seu discurso, Jara fez um apelo direto:

“Não deixem que o medo congele seus corações“. Ela criticou soluções “imaginárias” da extrema direita. Além disso, alfinetou Kast. Ele apareceu protegido por vidros blindados em seu comício final.

O recado foi claro. Quem quer derrotar Kast precisa se mobilizar.

Kast sai fortalecido com apoios imediatos

Do outro lado, José Antonio Kast não perdeu tempo. Logo após o resultado, recebeu apoio público. Johannes Kaiser, da direita dura, declarou apoio. Evelyn Mattei, da direita moderada, também. Ambos ficaram em quarto e quinto lugar.

Apenas Franco Parisi não declarou apoio. O populista surpreendeu ao terminar em terceiro. Mesmo assim, sua neutralidade não elimina a vantagem numérica conservadora.

Kast, de 59 anos, tenta se apresentar de forma mais moderada. Porém, mantém pontos ideológicos firmes. Parte das propostas radicais agora é vocalizada por Kaiser. Ele é conhecido por polêmicas. Ataca o voto feminino. Defende a ditadura de Pinochet.

Dois projetos opostos dividem o Chile

O primeiro turno cristalizou dois caminhos distintos:

• Jara representa a continuidade do governo Boric. Tem foco social. Adota discurso progressista.
• Kast aposta em segurança e imigração. Propõe endurecimento institucional. Seu apelo atrai eleitores conservadores.

Essa polarização coloca o Chile diante de uma eleição decisiva. Sem dúvida, o resultado é imprevisível.

O desafio de Jara até o 2º turno

A candidata de esquerda, de 51 anos, enfrenta um problema imediato. Precisa atrair eleitores moderados. Ou seja, aqueles que não se identificam com extremos. Esse público será decisivo. Já está na mira das duas campanhas.

Para Kast, porém, a caminhada parece menos árdua. Além da força ideológica, ele conta com vantagem institucional. Os partidos de direita já controlam Senado e Câmara. Desse modo, teria muito mais governabilidade que sua adversária.

Conclusão: o 2º turno está aberto, mas Kast tem vantagem

A disputa no Chile virou embate clássico entre dois modelos opostos. Apesar disso, Jara venceu numericamente. No entanto, Kast larga em posição mais confortável. Tanto eleitoral quanto politicamente.

Os próximos dias serão decisivos. Jara conseguirá virar o jogo? Ou o Chile caminhará para o governo mais conservador desde o fim da ditadura?

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Perguntas Frequentes (FAQs)

Jara venceu o primeiro turno, mas está em desvantagem?

Sim. Apesar de ter ficado em primeiro, a direita somou mais de 50% dos votos. Assim sendo, Kast é favorecido no segundo turno.

Quem já declarou apoio a Kast?

Johannes Kaiser e Evelyn Mattei apoiaram imediatamente o candidato. Ambos representam a direita chilena.

Franco Parisi vai apoiar alguém?

Não. Ele decidiu manter neutralidade. Ficou em terceiro lugar.

Quais são os principais temas que dividem Jara e Kast?

Segurança pública, imigração, economia e papel do Estado. Esses são os principais pontos de divergência.

Por que Jara precisa dos eleitores moderados?

Porque sua base sozinha não é suficiente. A direita já soma mais da metade do eleitorado. Desse modo, os moderados são decisivos.

Kast teria vantagem no governo?

Sim. A direita controla Câmara e Senado. Isso facilitaria sua governabilidade.