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terça-feira, novembro 18, 2025
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Café brasileiro perde força nos EUA após isenção de Trump — e o setor reage

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova medida. Ela acendeu um alerta vermelho no setor cafeeiro brasileiro.

Trump retirou as tarifas recíprocas para alguns países concorrentes. Com isso, mudou o equilíbrio do jogo. E não a nosso favor.

Especialistas avaliam o cenário. A decisão cria um problema ainda maior para o Brasil. Afinal, o país já vinha perdendo espaço no blend das grandes marcas americanas.

Agora, concorrentes pagam menos impostos. Como resultado, o risco de queda no consumo do café nacional fica ainda maior.

O que a decisão de Trump realmente muda para o café do Brasil?

Em primeiro lugar, o setor avalia: a situação ficou “muito pior” após o anúncio.

Isso porque países como Colômbia e Honduras ganharam vantagem. Eles são grandes competidores diretos do Brasil. Dessa forma, passaram a ter isenções ou tarifas reduzidas.

Enquanto isso, o café brasileiro continua enfrentando a sobretaxa de 40%. Ela permanece intacta.

Marcos Matos dirige o Cecafé. Ele explica: o impacto vai além do valor da tarifa. O que importa é a diferença entre os países. E essa diferença aumentou.

Como resultado, o Brasil fica menos competitivo.

Matos vai além. O consumidor americano não deixará de tomar café. Porém, migrará para opções mais baratas. Elas vêm dos países que ficaram em vantagem.

Por que essa mudança preocupa tanto o setor brasileiro?

Em segundo lugar, a participação do Brasil no mercado americano já vinha recuando.

Os EUA são o maior importador de café brasileiro. Eles respondem por 16,1% do total exportado no ano passado. Ou seja, isso representa cerca de US$ 2 bilhões.

Mesmo assim, os números recentes acenderam o alerta:

  • Entre agosto e outubro de 2025, as exportações para os EUA caíram 51,5%
  • No acumulado de 2025, a queda é de 28,1%. O Brasil enviou 4,711 milhões de sacas
  • O Brasil ainda lidera. No entanto, o espaço está diminuindo rapidamente

Além disso, a preocupação vai além do volume perdido.

Matos alerta: os blends das marcas americanas mudam. Em seguida, o paladar do consumidor se adapta. Dessa maneira, recuperar esse espaço depois pode ser difícil. Ou até impossível.

A decisão pode realmente reduzir a inflação nos EUA?

Luiz Fernando dos Reis é superintendente comercial da Cooxupé. Ele dá a resposta: não.

A isenção para concorrentes não deve baixar o preço final para a indústria americana. Além disso, pode prejudicar a relação comercial com o Brasil.

Reis afirma: a médio e longo prazo, a medida cria um problema grave. Por exemplo, ela dificulta novos contratos. E também pressiona produtores brasileiros.

E como fica o exportador brasileiro nesse cenário?

O clima é de preocupação. Representantes do setor alertam:

  • Importadores americanos já estão assinando contratos de longo prazo com concorrentes
  • O Brasil corre o risco de perder espaço estrutural no mercado
  • Cada dia sem competitividade aumenta o risco de prejuízo irreversível

O mercado valoriza preço, estabilidade e sensorialidade. Nesse sentido, ficar para trás pode custar caro.

Conclusão: o Brasil pode estar diante de um desafio histórico

A tarifa de 40% permanece. Ao mesmo tempo, outros países ganharam vantagem.

Com isso, o Brasil enfrenta uma das maiores ameaças de perda de competitividade dos últimos anos. Isto é, isso ocorre no mercado de café dos Estados Unidos.

Por fim, o setor é enfático: recuperar esse espaço não será fácil. Nem tampouco rápido.

☕ Para seguir informado sobre as próximas decisões, impactos e mudanças no mercado global, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que mudou com a ordem executiva de Trump?

Trump concedeu isenções ou tarifas menores a concorrentes do Brasil. Enquanto isso, o café brasileiro continua pagando 40% de taxa.

Por que isso prejudica o Brasil?

A medida reduz a competitividade do café nacional. Isso ocorre frente a países como Colômbia e Honduras.

A medida pode baixar a inflação nos EUA?

Especialistas afirmam que é pouco provável. Ela não deve reduzir os preços para a indústria. Nem para o consumidor.

O Brasil está perdendo espaço no mercado americano?

Sim. As exportações caíram mais de 50%. Isso aconteceu entre agosto e outubro de 2025.

O consumidor americano pode se acostumar ao café de outros países?

Sim. E isso torna ainda mais difícil recuperar mercado futuramente.

O impacto pode ser permanente?

Há risco de perda estrutural. Isso ocorre especialmente por causa dos novos contratos de longo prazo com concorrentes.

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