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O novo dado do Monitor do PIB trouxe um sinal claro. A economia brasileira perdeu força. A Fundação Getulio Vargas divulgou os números. Depois de meses de crescimento moderado, setembro mostrou estagnação. Em outras palavras, a atividade praticamente parou.
Os números revelam um cenário de desaceleração ampla. Serviços e consumo das famílias registram estagnação. Esses são dois pilares centrais do PIB. Dessa forma, isso levanta dúvidas sobre o ritmo da economia para os próximos meses.
O que os dados da FGV mostram sobre o PIB de setembro?
Em primeiro lugar, o Monitor do PIB da FGV registrou estabilidade. O Produto Interno Bruto ficou estável (0,0%) em setembro. Esse é o comparativo com agosto. Já no comparativo anual, houve alta de 2,2% frente a setembro de 2024. Ou seja, trata-se de um crescimento mais moderado do que o visto anteriormente.
No terceiro trimestre, o avanço foi tímido:
- +0,1% ante o segundo trimestre
- +1,5% em relação ao mesmo período de 2024
- Acumulado em 12 meses até setembro: +2,5%
A FGV destaca um ponto importante. O que mais chama atenção não é apenas a pausa. Na verdade, a desaceleração ocorreu em vários componentes da atividade econômica. Em outras palavras, não foi apenas em um setor isolado.
Por que o ritmo da economia perdeu força?
Em segundo lugar, Juliana Trece coordena o Monitor do PIB da FGV. Para ela, a economia passou por um período de “quase estagnação” no terceiro trimestre. Serviços e consumo das famílias ficaram parados. Esses são os maiores motores do PIB. Além disso, os demais setores contribuíram pouco para um desempenho mais forte.
Em outras palavras: a economia perdeu tração. Isso ficou evidente nos dados.
Vale ressaltar que o Monitor do PIB usa a mesma metodologia do IBGE. Além disso, serve como uma prévia importante do comportamento das Contas Nacionais.
Como ficou o consumo das famílias, motor da economia?
O consumo das famílias cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre de 2025. Esse é o comparativo com o mesmo período de 2024. Trata-se de uma perspectiva sob a ótica da demanda.
A FGV reforça algo importante. Desde 2021, o consumo avançava acima de 3% ao ano. Porém, ao longo de 2025, houve desaceleração evidente. Nesse sentido, o relatório destaca:
- Consumo de bens duráveis e não duráveis recuou
- Consumo de serviços teve alta mais fraca. Perdeu força no último trimestre
Apesar disso, o resultado positivo não esconde o fato. O ritmo enfraqueceu — e muito.
O que aconteceu com os investimentos?
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mede os investimentos da economia. Esse indicador caiu 0,4% no terceiro trimestre.
O setor de máquinas e equipamentos foi o principal responsável pelo recuo. Construção e outros ativos até cresceram. No entanto, tiveram impacto pequeno.
Esse enfraquecimento preocupa. Afinal, os investimentos são fundamentais para sustentar o crescimento futuro.
E o setor externo? Houve alguma surpresa?
Sim — e positiva. As exportações registraram alta de 7,0% no terceiro trimestre de 2025.
A FGV aponta crescimento em todos os grupos de produtos exportados. Os itens extrativos tiveram destaque. Na verdade, representaram cerca de 44% da expansão total.
As importações também cresceram 3,8% no período. Bens intermediários e de capital puxaram a alta. Por outro lado, produtos da extrativa e serviços tiveram quedas. Assim sendo, isso reduziu a alta do componente.
Quanto foi produzido no acumulado do ano?
De janeiro a setembro de 2025, o PIB somou R$ 9,370 trilhões em valores correntes.
Além disso, a taxa de investimento do terceiro trimestre foi de 18,9%. Trata-se de um nível considerado moderado. Ou seja, não é suficiente para sustentar expansão mais robusta da economia.
Conclusão: o Brasil entrou em rota de desaceleração?
Em concluss dados da FGV apontam que sim. O desempenho de setembro reforça uma tendência. Há perda de ritmo. Setores-chave estagnaram. Além disso, investimentos recuaram.
Para entender os próximos movimentos da economia, continue navegando pelo Brasilvest. Veja como isso pode afetar empresas, empregos e investimentos.
Perguntas Frequentes (FAQs)
O PIB realmente ficou parado em setembro?
Sim. O Monitor do PIB da FGV registrou estabilidade (0,0%). Esse é o comparativo com agosto.
O crescimento anual continua positivo?
Continua. Setembro mostrou alta de 2,2% frente ao ano anterior.
Por que a economia desacelerou?
A FGV aponta enfraquecimento amplo. Houve impacto especialmente em serviços. Além disso, o consumo das famílias também enfraqueceu.
Como foi o consumo das famílias?
Cresceu apenas 0,2% no trimestre. Ou seja, isso está bem abaixo dos anos anteriores.
Os investimentos aumentaram?
Não. A FBCF caiu 0,4%. O recuo em máquinas e equipamentos puxou a queda.
Houve melhora nas exportações?
Sim. As exportações subiram 7%. Produtos da extrativa tiveram destaque.









