Você vai ler sobre uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que aponta que o Banco Master, comandado por Daniel Vorcaro, vendeu ao BRB carteiras de crédito inexistentes no valor de R$ 12,2 bilhões e apresentou documentos falsos ao Banco Central. A Operação Compliance Zero levou à prisão de Vorcaro e ao afastamento do presidente do BRB. O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) passou a responder pelos credores.
Investigação aponta venda de R$ 12,2 bilhões em carteiras inexistentes entre Banco Master e BRB
Resumo dos fatos
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal descobriram indícios de uma operação financeira irregular entre o Banco Master e o BRB. As apurações indicam que o Master vendeu ao BRB carteiras de crédito que não existiam, totalizando R$ 12,2 bilhões, e teria apresentado documentos falsos ao Banco Central para justificar as transações. A ação resultou na Operação Compliance Zero, na prisão de Daniel Vorcaro e no afastamento de dirigentes do BRB.
O que ocorreu primeiro
No primeiro semestre de 2025, o BRB transferiu cerca de R$ 12,2 bilhões ao Master supostamente para a compra de carteiras de crédito. As transferências ocorreram antes de formalizações públicas de intenção de compra. Ao analisar os arquivos, o Banco Central encontrou indícios de que as carteiras eram fictícias e que documentos usados para justificar a operação apresentavam inconsistências nas datas e nas assinaturas eletrônicas.
Provas e irregularidades detectadas
Investigadores apontam contratos com datas de 2024, mas com assinaturas eletrônicas datadas de abril e maio de 2025 — período em que o BC já havia solicitado esclarecimentos. Também há indícios de que associações ligadas a sócios do Master foram usadas para simular carteiras de crédito consignado bilionárias; essa modalidade tem regras específicas, inclusive sobre portabilidade, que levantaram suspeitas durante a apuração (portabilidade do consignado). Esses elementos subsidiaram pedidos de diligências e medidas cautelares. Notas e ações do MPF sobre investigações
Diante do uso de estruturas e contas para operações suspeitas, órgãos e entidades do setor financeiro vêm adotando medidas mais rigorosas para evitar contas intermediárias e fraudes, em linha com iniciativas que buscam coibir contas laranja e outras artimanhas (endurecimento de regras pela Febraban).
A reação do Banco Central e medidas adotadas
Ao identificar o rombo no balanço do Master, o Banco Central exigiu que o BRB revertesse a operação para recompor sua liquidez. Como o BC rejeitou a compra do Master pelo BRB e comunicou os achados às autoridades, decretou na sequência a liquidação extrajudicial do Banco Master, medida detalhada em reportagens sobre o desfecho regulatório (liquidação extrajudicial do Banco Master). Com isso, ativos e contratos do Master foram congelados e o FGC passou a responder pelos credores nas condições previstas em seu regulamento.
Em paralelo, o Banco Central tem adotado outras ações para a estabilidade do sistema e analisado medidas de capitalização e aportes em instituições quando necessário; debates sobre aportes e capitalizações recentes aparecem em apurações do setor (decisões de capitalização e aportes).
Operação Compliance Zero e prisões
As apurações, que vinham desde 2024, apontavam para gestão fraudulenta e organização criminosa. A continuidade das transferências mesmo após a reprovação pelo BC indicou risco de manutenção das práticas ilícitas, motivando prisões preventivas, incluindo a de Daniel Vorcaro, e o afastamento de dirigentes do BRB. Comunicados oficiais sobre operações policiais A repercussão política e as cobranças por transparência também provocaram manifestações de autoridades sobre a robustez do processo investigativo (posicionamento público sobre o caso).
Conclusão
A investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal revelou uma trama envolvendo a venda de R$ 12,2 bilhões em carteiras supostamente inexistentes entre o Banco Master e o BRB, apoiada por documentos falsos. A Operação Compliance Zero resultou em prisões, no afastamento de dirigentes e na liquidação extrajudicial do Master, com o FGC assumindo a responsabilidade pelos credores (O papel do FGC na proteção de credores). Perícias e diligências continuam, e poderão gerar responsabilizações penais e civis. Casos de grande magnitude como este fazem parte de um contexto mais amplo de fraudes financeiras e ajustes regulatórios, que já motivaram ressarcimentos e ações governamentais em outros episódios (respostas a fraudes de grande escala).
Fique atento — a história ainda não acabou e novas fases da investigação podem alterar o cenário.
Perguntas frequentes
O que foi a fraude de R$ 12,2 bilhões entre Master e BRB?
O Banco Master vendeu carteiras de crédito que, segundo a investigação, não existiam. O BRB transferiu cerca de R$ 12,2 bilhões por essas carteiras, e documentos falsos foram usados para justificar as operações.
Quem foi preso ou afastado pela Operação Compliance Zero?
A Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, então controlador do Master. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado. Outros diretores do Master também estão sob investigação.
Como as fraudes foram descobertas pelo Banco Central, PF e MPF?
O BC detectou inconsistências ao analisar a proposta de compra do Master pelo BRB: assinaturas eletrônicas e datas nos documentos não conferiam. A PF e o MPF encontraram indícios de gestão fraudulenta e de documentos falsos. Reportagens sobre prisões e investigações financeiras
O que significa a liquidação extrajudicial do Banco Master?
A liquidação extrajudicial é uma medida do Banco Central para resguardar a estabilidade do sistema financeiro. Ativos e contratos do Master foram bloqueados, e o FGC passou a atuar no ressarcimento de credores conforme suas regras. Como funciona a liquidação extrajudicial
Por que as prisões foram consideradas necessárias mesmo após a rejeição da compra?
Investigadores verificaram que transferências e fraudes continuaram mesmo após a reprovação da operação pelo BC, o que indicou risco de continuidade dos crimes. Por isso houve pedido de prisão preventiva para impedir novos danos.
Como me proteger de fraudes e golpes financeiros semelhantes?
Além da atuação das autoridades, medidas individuais de segurança são fundamentais: manter sistemas atualizados, desconfiar de solicitações de dados, conferir autenticidade de documentos e adotar boas práticas digitais. Há orientações que detalham como reduzir riscos e identificar sinais de fraude (proteção contra fraudes digitais) e alertas sobre práticas comuns de golpe.









