Há um requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar possíveis ilícitos na tentativa de aquisição do Banco Master pelo BRB. A iniciativa ganhou força depois da operação da Polícia Federal, da prisão do dono do Master e do afastamento de diretores ligados ao caso. O Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Master e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) passará a ressarcir credores.
Você acompanha: pedido de CPI na CLDF
Três partidos de oposição (PT, PSOL e PSB) protocolaram o requerimento para instalar a CPI na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O documento já reúne seis das oito assinaturas necessárias para avançar e visa apurar possíveis irregularidades na tentativa de aquisição do Banco Master pelo BRB.
O que aconteceu hoje
A Justiça Federal afastou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor financeiro do banco em investigação relacionada à gestão do Banco Master. Na noite anterior, Daniel Vorcaro, proprietário do Master, foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos — reação que teve repercussão entre autoridades, incluindo pedidos por um processo robusto após a prisão do controlador (declarações de políticos sobre o caso). Em seguida, o Banco Central determinou a liquidação da instituição.
Consequências da liquidação e papel do FGC
Com a liquidação, o FGC assume a responsabilidade pelo ressarcimento aos credores do Banco Master, seguindo suas regras internas e os prazos definidos após recebimento de informações do liquidante nomeado pelo Banco Central. Para credores, isso significa acompanhamento atento dos prazos e documentos solicitados pelo liquidante.
O Banco Central dispõe de normas e explicações sobre seus poderes de intervenção e liquidação extrajudicial; para entender o quadro institucional.
Quem assinou e expectativa na CLDF
O requerimento conta com as bancadas do PT, PSOL e PSB e mais deputados distritais — totalizando seis assinaturas até o momento. Deputados que assinaram esperam que a deputada Paula Belmonte (Cidadania) subscreva o documento. Na votação sobre a operação de compra, sete parlamentares já haviam se posicionado contra o negócio.
Contexto da operação entre BRB e Banco Master
O BRB anunciou, em março, a intenção de adquirir ativos do Banco Master. Em um movimento anterior, o Banco Central chegou a autorizar medidas de suporte e aprovou capitalização no Master, mas acabou rejeitando a operação de compra em setembro. Agora, além da tentativa de compra, a CPI pretende investigar indícios de gestão fraudulenta, gestão temerária e eventual uso de recursos ilícitos para socorrer a instituição em crise de liquidez, o que remete a debates sobre práticas como contas‑laranja e novas regras do setor.
Conclusão
O pedido de CPI na CLDF surge em reação a uma sequência de eventos que colocaram o BRB e o Banco Master sob holofote: prisão do proprietário, afastamento de dirigentes, liquidação determinada pelo Banco Central e investigação da Polícia Federal. O objetivo é apurar irregularidades, garantir transparência e apontar responsabilizações. A atuação do FGC no ressarcimento e as decisões da CPI serão determinantes para os próximos passos.
Perguntas frequentes
O que pede o requerimento de CPI?
Apurar possíveis ilícitos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB, incluindo investigação de gestão fraudulenta, uso de recursos e favorecimento.
Quem assinou o pedido?
Bancadas do PT, PSOL e PSB e outros deputados distritais — seis das oito assinaturas necessárias.
Quais fatos motivaram a CPI?
Prisão do dono do Master, afastamento de dirigentes do BRB, liquidação do Master pelo Banco Central e operação da Polícia Federal.
O que a CPI pode fazer?
Convocar depoimentos, requisitar documentos, produzir relatório e sugerir encaminhamentos ao Ministério Público.
Como isso afeta credores e o BRB?
O FGC passa a ressarcir credores do Master; o BRB pode ser alvo de investigação e ter a imagem e decisões questionadas. Credores também devem ficar atentos a golpes e fraudes digitais no processo de ressarcimento, adotando medidas de proteção e verificação de comunicações.









