Você vai ler sobre a prisão do controlador do Banco Master e a liquidação extrajudicial determinada pelo Banco Central. O TCE-RJ alertou para um risco de investimento bilionário do Rioprevidência no Master, mesmo após advertências da Corte.
A corte apontou concentração crítica de recursos e determinou a suspensão de novas aplicações, além de pedir que o governo avalie intervenção. O caso reúne denúncias de parlamentares, defesas do fundo e investigação em curso. O artigo explica o que isso significa para seu dinheiro e quais são os próximos passos.
Alerta sobre a exposição bilionária do Rioprevidência ao Banco Master
A prisão do controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, e a liquidação extrajudicial determinada pelo Banco Central colocaram em risco recursos do fundo de pensão estadual. Técnicos do TCE-RJ identificaram que, entre maio e julho, o Rioprevidência fez aportes que somam cerca de R$ 1 bilhão, mesmo após aviso prévio sobre riscos. O tribunal aponta ainda uma concentração total próxima a R$ 2,6 bilhões, ou 25% do patrimônio do fundo, em títulos e fundos ligados ao conglomerado de Vorcaro.
O próprio fundo rebateu e afirma ter aplicado R$ 960 milhões. Esse movimento ocorreu, inclusive, num contexto mais amplo de queda nos aportes da previdência privada, que aumenta a atenção sobre decisões de alocação.
O que o Tribunal de Contas encontrou
O TCE-RJ detectou irregularidades e alertou que novas operações poderiam implicar responsabilidade pessoal dos gestores. A relatora do processo avaliou que os aportes recentes mostraram agravamento do risco e possível gestão imprudente dos recursos. Em decisão unânime, o tribunal determinou que o Rioprevidência suspenda novas aplicações relacionadas ao Master e pediu ao governador Cláudio Castro que avalie intervenção na autarquia (veja os Relatórios e decisões do TCE-RJ sobre investimentos).
Reações e contestações do Rioprevidência
O Rioprevidência nega irregularidades. A autarquia afirma que o Banco Master S.A. e a Master Corretora são entidades distintas e que os recursos foram aplicados diretamente em ativos de fundos — compostos por títulos federais e ações — e não em ativos do banco. Para quem deseja entender melhor o funcionamento e os riscos da renda variável e seus riscos, é importante acompanhar a documentação que o fundo apresenta. O instituto também informou que não realizou novas aplicações no grupo desde agosto de 2024 e que está apresentando documentação para rebater o relatório do TCE-RJ.
O instituto também informou que não realizou novas aplicações no grupo desde agosto de 2024 e que está apresentando documentação para rebater o relatório do TCE-RJ. Consulte a Página oficial do Rioprevidência com comunicados para comunicados e prestações de contas.
Investigação e antecedentes
A apuração do tribunal começou após denúncia do deputado estadual Luiz Paulo (PSD), que vinha alertando sobre aplicações do Rioprevidência e da Cedae no Banco Master. Segundo a denúncia, a Cedae teria aplicado mais de R$ 200 milhões em CDBs de bancos médios. O deputado também mencionou que empresas do grupo atuam em crédito consignado, o que amplia a rede de relações a ser investigada — uma situação que remete à necessidade de políticas mais robustas de proteção contra débitos automáticos para servidores e aposentados.
O ex-diretor de investimentos do Rioprevidência afirmou ao tribunal que, até 2023, os recursos estavam concentrados em grandes bancos e que a entrada em instituições menores, como o Master, foi motivada pela busca de diversificação. Entre os motivos dos aportes, foram citadas taxas acima de 130% do CDI e contratos do banco com o governo para concessão de crédito consignado a servidores.
Conclusão
A prisão do controlador e a liquidação extrajudicial trouxeram à tona um risco concreto sobre recursos do Rioprevidência — aportes de cerca de R$ 1 bilhão e uma concentração que pode chegar a R$ 2,6 bilhões. O TCE-RJ determinou a suspensão de novas aplicações e acionou o sinal de alerta para responsabilidade pessoal de gestores.
Não fique de braços cruzados: peça extrato, exija transparência, procure o sindicato ou a defensoria e guarde documentos. Aprimore sua proteção financeira ao montar uma reserva de emergência, adote medidas para se proteger de fraudes digitais e acompanhe as discussões sobre as pressões demográficas sobre a previdência. Acompanhe cada decisão do TCE e as investigações. A incerteza é real, mas medidas administrativas e judiciais podem abrir caminhos para recuperação — o processo é lento, mas não necessariamente perdido.
Em resumo: proteja seu patrimônio, exija explicações e não coloque todos os ovos na mesma cesta. O assunto ainda vai render capítulos. Para acompanhamento jornalístico detalhado, consulte também https://www.infomoney.com.br/politica/tce-alertou-risco-de-investimento-bilionario-do-rioprevidencia-no-master/.
Perguntas frequentes
Meu dinheiro está em risco por causa dos aportes do Rioprevidência no Banco Master?
Sim. Há risco. O TCE-RJ apontou concentração de recursos e possíveis irregularidades. A prisão do controlador e a liquidação do banco aumentam a incerteza sobre retornos e acesso aos recursos. Para entender riscos específicos de produtos como CDBs, veja análises sobre CDBs de bancos médios.
O que o TCE determinou sobre novas aplicações?
O TCE pediu que o Rioprevidência pare de aplicar em instrumentos ligados ao Master e alertou que responsáveis podem responder pessoalmente. Também sugeriu que o governador avalie intervenção na autarquia.
O Rioprevidência admite erro?
O Rioprevidência nega irregularidade. Afirma que os recursos foram aplicados em ativos de fundos (títulos públicos e ações) e que não houve novas aplicações desde agosto de 2024. Está apresentando documentos para rebater o relatório do TCE-RJ.
O que eu, aposentado ou servidor, devo fazer agora?
Peça extrato e explicações ao Rioprevidência, exija transparência, procure o sindicato ou defensor público, guarde documentos e acompanhe as decisões do TCE e as investigações da PF.
Existe chance de recuperar o dinheiro se houver perda?
Há chance, mas é incerta e pode ser lenta. Recuperação pode ocorrer por ações judiciais, responsabilização na liquidação e decisões administrativas do TCE. Casos anteriores mostram que decisões judiciais e disputas em processos de falência podem alterar o curso da recuperação patrimonial. Acompanhe comunicações oficiais e procure orientação jurídica.









