Você vai ler sobre as usinas que adiaram o reajuste nos preços dos aços planos para janeiro. A decisão visa proteger vendas diante da queda sazonal em dezembro. Há ainda pressão de importadores que internalizam grandes volumes e estoques elevados que devem pressionar o mercado nos meses seguintes.
Usinas adiam aumento de preços dos aços planos para janeiro de 2026
As usinas siderúrgicas decidiram postergar para janeiro de 2026 o reajuste de 5% a 8% nos aços planos que estava previsto para dezembro. A mudança tem impacto direto no mercado e pode afetar compras e estoques.
Principais pontos
- O aumento foi adiado de dezembro de 2025 para janeiro de 2026.
- A medida visa reduzir a queda sazonal esperada nas vendas em dezembro; consulte os indicadores da produção industrial mensal.
- Importadores estão trazendo grandes volumes antes de possíveis medidas de defesa comercial.
- As importações caíram 9,2% em outubro de 2025 ante outubro de 2024, mas há grande volume ainda por desembarcar, num cenário afetado pela desaceleração da China que repercute nas cadeias de commodities.
Motivos do adiamento
Segundo o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, o setor optou por postergar o aumento para dar fôlego ao mercado no fim do ano. Ao adiar o reajuste, distribuidores e compradores tendem a ajustar estoques aos preços vigentes, evitando queda acentuada nas vendas em dezembro. Esse ajuste acontece enquanto a atividade industrial do país mostra sinais contraditórios, como aponta a queda recente na produção industrial.
Situação nos portos e pressão sobre preços
A entrada de carga no país deve manter a pressão sobre o mercado. O principal ponto de desembarque, o porto de São Francisco do Sul (SC), tem cerca de 500 mil toneladas em pátio aguardando descarga. Um navio que chegou em 24 de outubro trazia 45 mil toneladas e só foi programado para descarregar em 25 de novembro. Esses atrasos indicam força nas entregas nos próximos três a quatro meses, o que tende a pressionar preços até abril/maio de 2026. Além disso, a dinâmica do mercado siderúrgico está ligada à oferta de minério: a recuperação da produção influencia custos e disponibilidade, como mostram análises sobre a produção de minério de ferro.
Conclusão
A decisão das usinas de postergar o reajuste para janeiro de 2026 (previsto entre 5% a 8%) é uma medida para dar fôlego ao mercado no fim do ano. A estabilidade em dezembro não é garantia de tranquilidade: a maré de importações — com cerca de 500 mil toneladas em pátio no São Francisco do Sul — pode manter a pressão sobre os preços até abril/maio de 2026. Recomendações práticas: ajuste seus estoques, evite compras grandes agora e monitore desembarques e possíveis medidas de defesa comercial. Dados oficiais de comércio exterior estão na base de dados de comércio exterior.
Perguntas Frequentes
Por que as usinas adiaram o aumento de preços para janeiro?
Porque dezembro costuma ser mês fraco; querem evitar queda nas vendas. Há pressão dos importadores e muitos volumes chegando aos portos.
Qual era o percentual do reajuste e quando deve valer agora?
O aumento previsto era de 5% a 8%. Agora foi postergado para janeiro de 2026.
Isso significa que os preços vão ficar estáveis até janeiro?
Em dezembro há tendência de estabilidade, mas a pressão de importações e estoques pode manter os preços pressionados até abril/maio de 2026.
Como as importações e estoques afetam esse adiamento?
Mesmo com queda de 9,2% nas importações em outubro, há muito aço aguardando desembarque. O estoque em São Francisco do Sul (cerca de 500 mil toneladas) pressiona o mercado por 3–4 meses.
O que distribuidores e compradores devem fazer agora?
Ajustar estoques com cuidado, evitar compras grandes a preços altos em dezembro e monitorar desembarques e eventuais medidas de defesa comercial.









