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O fim de ano chegou. O comércio esperava fôlego. Porém, isso não deve acontecer.
Segundo projeções do Ibevar e da FIA Business School, o varejo brasileiro deve encerrar 2025 com um crescimento praticamente nulo. Isso vale tanto para o varejo restrito quanto para o ampliado.
Os números mostram uma trajetória lateral. Ou seja, a economia não recua de vez. Ao mesmo tempo, também não avança de forma relevante. Isso diz muito sobre o comportamento do consumidor.
Por que o varejo terá um fim de ano tão fraco?
As previsões são claras. O varejo restrito terá desempenho quase zerado.
Esse segmento engloba supermercados, vestuário, móveis e artigos farmacêuticos.
Veja as projeções:
- –0,01% em novembro
- –0,04% em dezembro
- 0% em janeiro
Ou seja, é um período sem expansão real.
Por outro lado, o varejo ampliado esboça algum avanço. Esse setor inclui veículos, motos e material de construção.
Confira os números:
- +0,42% em novembro
- –0,02% em dezembro
- +0,61% em janeiro
Mesmo assim, a média aponta apenas 0,3% de crescimento. É um número considerado fraco para um trimestre tão movimentado.
O consumidor está comprando menos? O que explica essa estagnação?
Diversos fatores se uniram para frear o consumo. Segundo o Ibevar, os principais são:
- Emprego ainda frágil
- Juros elevados, que encarecem crédito e parcelamentos
- Endividamento recorde das famílias
A CNC divulgou dados alarmantes. 79,5% das famílias estão endividadas. Além disso, 30,5% estão inadimplentes. Ainda mais preocupante: 13,2% afirmam que não conseguirão pagar suas dívidas. É um recorde histórico.
Com esse cenário, o consumidor tenta manter o padrão de vida. No entanto, não há espaço para grandes gastos.
Há diferenças entre o varejo restrito e o ampliado?
Sim. E elas ajudam a entender o comportamento das famílias.
O varejo restrito está ligado ao consumo básico. Ele apresenta números positivos em comparação anual:
- +0,58% em novembro
- +0,74% em dezembro
- +0,51% em janeiro
No acumulado de 12 meses, o setor cresce 1,80%. Isso sinaliza estabilidade, mesmo que tímida.
Em contrapartida, o varejo ampliado enfrenta um cenário bem mais duro:
- –2,39% em novembro
- –2,45% em dezembro
- –1,96% em janeiro
No acumulado de 12 meses, o setor registra queda de –0,08%. O fraco desempenho de veículos, motos e construção puxa os números para baixo.
O que esse movimento revela sobre o comportamento das famílias?
Mesmo em um cenário desafiador, muitos gastos não podem ser cortados.
Especialistas apontam que serviços relacionados ao padrão de vida continuam crescendo. Por exemplo, plano de saúde, transporte, academia e salão de beleza.
Isso indica que o brasileiro está ajustando parte do orçamento. Porém, mantém itens essenciais do dia a dia.
Conclusão: o varejo vai “andar de lado”, e isso exige atenção
Os próximos meses devem ser marcados por crescimento baixo, quase nulo. Isso reforça o cenário de cautela no consumo.
Para o varejo, o desafio será manter margens. Além disso, precisará atrair consumidores e driblar o período de endividamento elevado.
Para seguir acompanhando o comportamento do consumidor, dados do varejo e tendências econômicas, continue navegando pelo Brasilvest.
Perguntas Frequentes (FAQs)
O varejo vai crescer no fim de ano?
Não significativamente. As projeções mostram crescimento próximo de zero no varejo restrito. Já no varejo ampliado, cerca de 0,3%.
Por que o consumo está tão fraco?
Por causa de juros altos, endividamento recorde e renda fragilizada. Esses fatores reduzem o espaço para compras.
Quais setores estão segurando os números?
Supermercados, farmácias e itens essenciais do varejo restrito. Eles seguem com desempenho mais estável.
Por que o varejo ampliado está pior?
Porque inclui setores mais sensíveis ao crédito. Por exemplo, veículos, motos e material de construção. Todos são impactados pelos juros altos.
O endividamento das famílias influencia o varejo?
Sim. Com quase 80% das famílias endividadas, o consumo perde força. Além disso, compras parceladas ficam mais difíceis.
Quando o varejo pode voltar a crescer?
A retomada depende de melhora no emprego. Também é necessária a redução de juros e queda na inadimplência. Porém, esses fatores ainda caminham lentamente.









