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O diretor do Federal Reserve, Stephen Miran, deixou claro que está disposto a ajustar sua posição caso seu voto seja determinante na próxima reunião do banco central norte-americano. Embora tenha defendido cortes maiores nas últimas decisões, ele afirmou que apoiaria um corte de 0,25 ponto percentual em dezembro se isso garantisse a redução dos juros.
Por que Miran aceitaria um corte menor agora?
Durante entrevista à Bloomberg Television, Miran foi direto:
“Eu votaria com certeza em um corte de 25 pontos-base se meu voto fosse o decisivo. Fazer o contrário seria causar danos reais à economia por vaidade.”
A declaração chama atenção porque, desde que passou a integrar o conselho do Fed em setembro, ele votou duas vezes contra os cortes de 0,25 p.p., defendendo reduções mais agressivas de 0,50 p.p..
Sua mudança de postura indica que o consenso para um novo corte pode estar extremamente apertado — e que sua flexibilidade pode pesar na decisão.
O que está em jogo na reunião de dezembro do Fed?
As discussões internas têm sido marcadas por divergências.
Várias autoridades do Fed vêm demonstrando hesitação em continuar reduzindo os juros, especialmente porque a inflação ainda está cerca de 1 ponto percentual acima da meta de 2%.
Com um cenário tão dividido, a declaração de Miran sinaliza que cada voto pode ser determinante.
Por que Miran defende cortes maiores apesar da inflação?
O diretor vem argumentando que os números atuais da inflação não devem se sustentar por muito tempo, e que os sinais do mercado de trabalho — incluindo o relatório de emprego de setembro — já justificam uma política monetária menos restritiva.
Para ele, manter juros tão altos por mais tempo pode frear a economia mais do que o necessário.
“Dadas as perspectivas para a inflação, não há realmente muita necessidade de sermos tão restritivos como estamos sendo.”
O que isso significa para a economia dos EUA?
A fala de Miran reforça a leitura de que:
- Há espaço para cortes mais fortes segundo parte dos diretores
- A inflação ainda mantém alguns membros cautelosos
- O Fed pode tomar uma decisão apertada em dezembro
- A postura flexível de Miran pode facilitar um consenso mínimo
Assim, investidores e analistas devem monitorar atentamente o discurso das próximas semanas — já que, em um ambiente dividido, qualquer mudança de tom pode alterar expectativas sobre juros, dólar e mercados globais.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que Stephen Miran aceitaria um corte menor agora?
Porque, segundo ele, impedir um corte para sustentar uma posição pessoal causaria danos desnecessários à economia.
Miran defendia cortes maiores anteriormente?
Sim. Nas duas reuniões anteriores, ele votou por reduções de 0,50 p.p., contrariando a maioria do Fed.
A inflação ainda preocupa o Fed?
Sim. Ela continua cerca de 1 ponto acima da meta de 2%, o que deixa parte do comitê hesitante sobre novos cortes.
O mercado de trabalho influencia a posição de Miran?
Sim. Ele acredita que os dados trabalhistas sugerem espaço para uma política menos restritiva.
O que esperar da reunião de dezembro?
Um cenário apertado, em que um único voto — como o de Miran — pode definir o tamanho do corte.
Como essa decisão pode impactar os mercados?
Juros menores tendem a pressionar o dólar, estimular ativos de risco e influenciar expectativas globais sobre política monetária.









