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terça-feira, novembro 25, 2025
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STF define maioria para manter prisão preventiva de Jair Bolsonaro — Entenda os próximos passos

Na sessão da Supremo Tribunal Federal (STF) desta última segunda-feira (24/11/2025), foi formada maioria para confirmar a decisão do relator Alexandre de Moraes que mantém em vigor a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A seguir, explicamos por que isso acontece, quais são os próximos passos e o que muda no cenário político-institucional.

Qual foi a decisão do STF?

A Primeira Turma do STF formou uma maioria nesta segunda para confirmar a prisão preventiva de Bolsonaro.

O processo será oficialmente concluído quando o julgamento virtual for encerrado, por volta das 20h.

Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para manter a medida. Falta apenas o voto da ministra Cármen Lúcia.

Por que a prisão preventiva permanece?

A manutenção da prisão preventiva está atrelada ao fato de que o julgamento principal, que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses pelo crime de tentativa de golpe de Estado, ainda não transitou em julgado.

A defesa já apresentou embargos de declaração — recurso que questiona omissões ou contradições — e agora tem até as 23h59 desta segunda-feira para apresentar um segundo recurso.

Caso esse segundo recurso seja considerado protelatório, ou seja, apenas para atrasar o processo, o relator Moraes poderá declarar o trânsito em julgado e iniciar a fase de execução da pena.

Quais são os próximos passos do processo?

  1. Prazo final da defesa: a defesa de Bolsonaro tem até as 23h59 desta segunda para apresentar o segundo recurso.
  2. Análise do relator: após a apresentação, Moraes decidirá se aceita o recurso ou o considera protelatório.
  3. Trânsito em julgado: se considerado protelatório, o relator pode decretar o trânsito em julgado, autorizando o início da execução da pena.
  4. Execução da pena: com o trânsito em julgado, a pena de 27 anos e 3 meses poderá começar em regime fechado. Moraes ainda definirá o local de prisão — pode ser na cela especial da Polícia Federal, no presídio comum ou até em prisão domiciliar.

O que isso representa para o Brasil e para o cenário político?

Essa decisão do STF reforça o fortalecimento das instituições jurídicas brasileiras, especialmente do Tribunal que detém o poder de supervisão das garantias democráticas.

Por outro lado, a prisão preventiva de um ex-presidente que ainda não está em fase de execução da pena gera debates sobre direitos políticos, estabilidade institucional e repercussão eleitoral.

Além disso, a movimentação política já se intensificou: por exemplo, o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que irá “denunciar Moraes em embaixadas e organismos internacionais”, alegando perseguição política.

Conclusão

A maioria formada no STF para manter a prisão preventiva de Bolsonaro marca um momento complexo para a política brasileira. Enquanto o processo jurídico segue seus trâmites — com prazo para recursos e decisão de execução — o País observa as reações políticas e institucionais que se seguirão.

Esteja atento à cobertura do Brasilvest para atualizações sobre esse caso e seus desdobramentos.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O que significa prisão preventiva no caso de Bolsonaro?

Prisão preventiva é uma medida cautelar que impede a liberdade do investigado ou acusado até que se decida o mérito da ação ou ocorra o trânsito em julgado, garantindo que não haja risco à investigação ou à ordem pública.

Bolsonaro poderá sair da prisão agora?

Não. Com a maioria formada no STF para manter a prisão preventiva, Bolsonaro permanece detido até que ocorra o trânsito em julgado ou que a defesa obtenha medida judicial em contrário.

Qual é o recurso disponível para a defesa neste momento?

A defesa ainda pode apresentar o segundo embargo de declaração até o prazo estipulado — se for considerado protelatório, o relator pode decretar o trânsito em julgado e iniciar a execução da pena.

A condenação de 27 anos e 3 meses já pode ser cumprida?

Não ainda. A execução da pena depende do trânsito em julgado — isto é, quando não houver mais possibilidade de recursos. Só então começa o cumprimento da sentença em regime fechado.

Qual o impacto político dessa decisão?

A decisão reforça o papel das instituições de Justiça no Brasil e sinaliza que medidas contra ataques à democracia podem avançar. Politicamente, o cenário se torna mais instável, com reações do partido de Bolsonaro e mobilização dos seus aliados.

Onde Bolsonaro poderá cumprir a pena quando for iniciada?

O relator pode decidir o local: pode ser uma cela especial da Polícia Federal, transferência para presídio comum (como o Complexo Penitenciário da Papuda) ou até prisão domiciliar, dependendo das condições judiciais.

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