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A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu o clima de polarização no país e elevou o sinal de alerta institucional. A avaliação é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que comentou os efeitos do episódio durante um evento do UBS em São Paulo nesta terça-feira (25).
Segundo ele, a medida aprofunda a disputa política e amplia a sensação de incerteza em um momento particularmente sensível, já que o Brasil se aproxima de um novo ciclo eleitoral em 2026.
Mendonça alerta para piora na insegurança jurídica
Para o ministro, a prisão adiciona mais tensão a um ambiente já fragilizado:
“Gera insegurança jurídica e política. É um cenário complexo para um país como o nosso”, afirmou.
Ele destacou que, com o ano eleitoral se aproximando, a polarização tende a se intensificar e afetar diretamente a percepção de estabilidade do país — inclusive para investidores.
STF deve ser “árbitro discreto”, diz Mendonça
O ministro comparou o papel da Corte ao de um árbitro de futebol: presente, mas sem protagonismo.
“Quanto mais imperceptível, melhor”, disse. Ele ressaltou que evita conceder entrevistas e prefere se manifestar apenas no âmbito dos processos, defendendo que o Judiciário deve atuar com discrição e rigor técnico.
Por que Bolsonaro está preso?
Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, para:
- garantir a ordem pública;
- evitar possível fuga;
- impedir novas violações de medidas impostas anteriormente.
A prisão está ligada ao caso que investiga a tentativa de interferência de seu filho, Eduardo Bolsonaro, ao viajar aos Estados Unidos durante o processo.
Não se trata ainda do cumprimento da pena de 27 anos e três meses imposta pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
Na segunda-feira (24), a Primeira Turma do Supremo decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva.
“Brasil está em guerra civil”, afirma Mendonça sobre segurança pública
Ao comentar o avanço do crime organizado, Mendonça foi duro:
“O Brasil está doente nessa área”, afirmou, destacando que investidores consideram a violência na hora de decidir onde aplicar recursos.
Segundo ele, é necessária uma política de Estado, com cooperação entre governos estaduais e o governo federal. Mendonça defendeu firmeza no enfrentamento do crime, mas ressaltou que é essencial separar:
- abuso,
- defesa,
- e ação proporcional à violência dos criminosos.
Desinformação e liberdade de expressão: onde estão os limites?
O ministro também falou sobre o julgamento da regulamentação das redes sociais, no qual foi voz isolada ao criticar possíveis excessos do STF.
Para ele, é crucial diferenciar opinião de fatos:
“Limitar opiniões exige cuidado. O que existe é responsabilização pelo que se fala”, disse.
Mendonça defende um papel mais ativo das plataformas digitais, especialmente no período eleitoral, mas sem ultrapassar os limites da Constituição.
Conclusão: tensão política deve aumentar rumo a 2026
A fala de Mendonça evidencia o tamanho da instabilidade que o país pode enfrentar até as eleições. Para ele, a junção de disputa política intensa, crise de segurança pública e tensões institucionais pode criar um ambiente ainda mais desafiador — inclusive para o setor econômico.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que André Mendonça diz que a prisão aumenta a polarização?
Porque o caso envolve um ex-presidente altamente polarizador e ocorre às vésperas de um novo ciclo eleitoral.
Bolsonaro está cumprindo pena?
Ainda não. A prisão é preventiva e relacionada a outro processo, não ao início da pena por tentativa de golpe.
O STF pode influenciar o cenário político?
Segundo Mendonça, o papel da Corte deve ser discreto, mas suas decisões inevitavelmente impactam o ambiente institucional.
Por que Mendonça falou em “insegurança para investidores”?
Porque conflitos políticos e decisões judiciais em momentos tensos podem afetar a confiança de quem investe no país.
O ministro realmente disse que o Brasil vive ‘guerra civil’?
Sim. Ele usou o termo ao comentar a gravidade do crime organizado.
Qual a visão de Mendonça sobre redes sociais?
Ele defende autorregulação das plataformas e cautela ao limitar opiniões, especialmente em ano eleitoral.









