O sistema de pagamentos instantâneos Pix acaba de ganhar uma importante atualização para ampliar a segurança dos usuários. A partir de 23 de novembro de 2025, entrou em vigor a versão facultativa do mecanismo Mecanismo Especial de Devolução (MED) 2.0.
O que é o MED 2.0 e por que ele importa?
O MED 2.0 permite que instituições financeiras rastreiem o caminho do dinheiro em casos de fraude, golpe ou coerção, além da primeira conta recebedora, o que antes não era possível.
Com isso, a devolução dos valores desviados ganha potencial muito maior — uma vitória para quem utiliza o Pix e teme cair em golpe.
Principais mudanças com o MED 2.0
Antes, o mecanismo permitia devolução apenas se os valores permanecessem na conta original. Agora, será possível rastrear várias contas até onde o dinheiro foi.
Limites, prazos e aplicação
- A adoção agora é facultativa desde 23/11/2025 e será obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.
- O prazo máximo para devolução é de até 11 dias após a contestação, se for comprovado o caso de fraude ou erro operacional.
Aplicação restrita
O mecanismo vale somente em casos de fraude, golpe, coerção ou erro operacional do prestador de serviço. Envio incorreto por digitação ou disputas comerciais não se enquadram.
Como o usuário deve agir?
Se você suspeita que foi vítima de fraude via Pix:
- Entre em contato imediatamente com seu banco ou instituição de pagamento e acione o canal de contestação (ex: “Contestar este Pix”).
- A instituição abre a notificação junto ao sistema do Banco Central do Brasil e ao arranjo Pix, iniciando o rastreamento.
- Quanto mais rápido você agir, maiores as chances de recuperar os valores, já que o dinheiro pode ter sido sacado ou distribuído.
Limitações que você precisa saber
Apesar dos avanços, ainda existem limitações que merecem atenção:
- Se o dinheiro já tiver sido sacado ou convertido em outro ativo, a devolução poderá ser parcial ou mesmo inviável.
- Nem todas as instituições ainda implementaram o MED 2.0, já que, por enquanto, sua aplicação é facultativa até fevereiro/2026. Verifique se seu banco ou fintech já aderiu.
- O mecanismo não cobre erros de digitação de chave ou disputas comerciais — apenas fraudes ou erros operacionais dos prestadores.
Por que isso pode reduzir golpes no Pix?
Com a possibilidade de rastrear diversas contas até a origem dos valores e o prazo mais definido para ação, o MED 2.0 torna a fraude menos interessante para criminosos. Isso eleva a confiança no uso do Pix e incentiva usuários a utilizarem o recurso com mais segurança. Além disso, as instituições são pressionadas a adotar processos mais rígidos, o que fortalece o ecossistema de pagamentos instantâneos.
Conclusão
A atualização representa uma marcha à frente na proteção do consumidor que usa o Pix. No entanto, o sucesso depende de ação rápida do usuário e da adoção pelas instituições. Se você utiliza o Pix — e certamente utiliza — vale confirmar com seu banco ou fintech sobre a implementação do MED 2.0.
Continue acompanhando as notícias no Brasilvest para ficar por dentro de novas mudanças e orientações sobre finanças pessoais.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é o Pix MED 2.0?
O Pix MED 2.0 é a nova versão do mecanismo de devolução do Pix que permite rastrear o caminho do dinheiro em casos de fraude, golpe, coerção ou erro operacional, mesmo quando os valores passam por várias contas.
Quando o Pix MED 2.0 se torna obrigatório?
O MED 2.0 passa a ser obrigatório em 2 de fevereiro de 2026. Até lá, a adesão das instituições financeiras é facultativa.
O Pix MED 2.0 devolve dinheiro enviado por engano?
Não. O MED 2.0 só funciona em casos de fraude, golpe, coerção ou erro operacional do prestador. Ele não cobre erros de digitação, chave errada ou disputas comerciais.
Quanto tempo leva para ter o dinheiro de volta pelo MED 2.0?
O prazo máximo para devolução é de até 11 dias após a contestação, desde que comprovada a fraude ou o erro operacional.
O que fazer ao perceber que caiu em um golpe via Pix?
O usuário deve acionar imediatamente sua instituição financeira e usar o recurso de contestação (“Contestar este Pix”) para que o banco ative o mecanismo de investigação e rastreamento.









