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O Banco Central divulgou que o setor público consolidado — que inclui governo central, Estados, municípios e estatais (exceto Petrobras e Eletrobras) — acumulou um déficit primário de R$ 46,852 bilhões entre janeiro e outubro de 2025. O resultado, equivalente a 0,45% do PIB, acende mais um sinal de preocupação sobre a trajetória fiscal do país neste ano.
O que está puxando o déficit do setor público?
O rombo das contas públicas vem sendo impulsionado principalmente pelo governo central, que registrou um déficit de R$ 63,382 bilhões, equivalente a 0,60% do PIB. Esse número mostra que a União segue encontrando dificuldades para equilibrar receitas e despesas em um cenário de pressão sobre gastos obrigatórios e baixo ritmo de arrecadação em alguns setores.
Enquanto isso, Estados e municípios ainda funcionam como um ponto de alívio no quadro geral. Juntos, eles registraram superávit de R$ 23,974 bilhões, o que representa 0,23% do PIB. Já as estatais (exceto Petrobras e Eletrobras) ficaram com déficit de R$ 7,444 bilhões, equivalente a 0,07% do PIB, contribuindo para o saldo negativo consolidado.
Estados e municípios seguem registrando superávit?
Sim. Separando os dados, o BC aponta que os Estados tiveram superávit de R$ 17,779 bilhões entre janeiro e agosto, enquanto os municípios apresentaram saldo positivo de R$ 6,195 bilhões no mesmo período. O bom desempenho fiscal local ajuda a suavizar o déficit nacional, mas não é suficiente para compensar a pressão exercida pelas contas do governo central.
Segundo analistas, o superávit dos governos regionais é importante, mas tende a refletir fatores temporários, como receitas pontuais e contenção de despesas específicas, o que exige cautela ao avaliar a sustentabilidade desses números.
O que esse resultado indica para a economia?
Os dados divulgados reforçam que o Brasil enfrenta um ano de desafios fiscais. Com a economia crescendo em ritmo moderado e a arrecadação não avançando na mesma velocidade das despesas, o resultado primário tende a seguir pressionado.
O déficit também aumenta a atenção sobre o cumprimento das metas fiscais estabelecidas e pode influenciar decisões futuras de política monetária. Quanto maior a incerteza fiscal, maior tende a ser a percepção de risco, o que afeta juros, investimentos e a confiança do mercado.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
O que é o déficit primário divulgado pelo Banco Central?
É o resultado das contas públicas antes do pagamento de juros da dívida. Quando as despesas superam as receitas, ocorre déficit.
Por que o governo central teve o maior déficit?
Porque concentra a maior parte dos gastos obrigatórios e enfrenta ritmo mais fraco de arrecadação em algumas áreas.
Estados e municípios estão com as contas equilibradas?
Sim. Ambos registraram superávits que ajudam a reduzir o déficit consolidado do setor público.
O déficit de 2025 preocupa o mercado?
Sim, pois indica piora fiscal e aumenta incertezas sobre metas do governo e impactos nos juros.
As estatais também contribuíram para o déficit?
Contribuíram. As estatais (exceto Petrobras e Eletrobras) registraram déficit de R$ 7,444 bilhões.
Esse resultado pode afetar a economia nos próximos meses?
Pode. Déficits maiores costumam pressionar juros, afetar investimentos e elevar a percepção de risco.









