2.9 C
Nova Iorque
20 C
São Paulo
segunda-feira, dezembro 1, 2025
spot_img

PMEs entram em alerta com tarifas e câmbio em alta

Siga-nos no Instagram: @brasilvest.news

As pequenas e médias empresas brasileiras estão sentindo um aperto cada vez maior no fluxo de caixa. A combinação entre altas tarifas comerciais e a volatilidade intensa do câmbio criou um cenário de risco que vem preocupando quem depende do mercado externo para importar ou exportar. Segundo Felipe Riberti, Head de Distribuição de Câmbio & Internacional da XP, o momento exige atenção redobrada — especialmente das empresas que trabalham com margens reduzidas.

Como tarifas e câmbio estão pressionando o caixa das PMEs?

O avanço recente das tarifas sobre exportações para os Estados Unidos aumentou a incerteza e fez muitas empresas diminuírem suas margens apenas para continuar competindo. Ao mesmo tempo, a oscilação do dólar tem se tornado um obstáculo ainda maior, afetando previsões de receitas e despesas, além de reduzir a previsibilidade do planejamento financeiro.

Riberti lembra que choques bruscos de câmbio podem destruir modelos de negócio. Ele destaca, por exemplo, a disparada do dólar no final de 2024, quando a moeda saltou quase 16%, de R$ 5,44 para perto de R$ 6,30 em apenas dois meses. Para uma PME com margens curtas, esse movimento é praticamente impossível de absorver sem proteção adequada.

Por que muitas empresas ainda subestimam o risco cambial?

Um dos pontos levantados pelo executivo é que ainda existe a crença de que “o câmbio não vai variar tanto” ou que mecanismos de proteção são caros demais. Na prática, essa percepção leva muitas PMEs a adiar decisões — e quando o impacto chega, já é tarde.

O risco, segundo ele, não está apenas na oscilação da moeda, mas na falta de planejamento. Empresas sem política de hedge ficam vulneráveis a cada movimento inesperado, prejudicando contratos, margens e a saúde financeira no longo prazo.

As ferramentas de proteção ficaram mais acessíveis?

Sim. Segundo Riberti, houve uma verdadeira democratização dos instrumentos de proteção. O que antes era privilégio de grandes corporações hoje está ao alcance de pequenas e médias empresas.

Produtos como a trava cambial ficaram mais simples e menos burocráticos, muitas vezes dispensando garantias, limites de crédito ou processos complexos. Para muitas PMEs, basta ter a conta habilitada para começar a operar.

O executivo destaca que esse movimento fez várias empresas migrarem de grandes bancos para plataformas que oferecem soluções mais diretas e acessíveis. Para ele, a proteção deixou de ser uma ferramenta sofisticada para se tornar algo tão simples quanto contratar um câmbio à vista.

Por que a proteção virou prioridade — e não mais opção?

Riberti reforça que o foco não é “ganhar dinheiro” com hedge, mas garantir previsibilidade. Em um cenário em que tarifas podem ir de 15% para 100% da noite para o dia, a pior estratégia é tentar adivinhar o futuro. O ideal é estar preparado para qualquer ambiente.

Ele afirma que PMEs expostas ao comércio exterior, dependentes de insumos importados ou com dívidas em dólar são as mais vulneráveis. Para essas empresas, a proteção não é apenas recomendável — é crucial para evitar surpresas dolorosas.

Quando o câmbio pode virar oportunidade para a PME?

Embora seja visto como vilão, o câmbio também tem seu lado estratégico. Empresas que possuem uma política de proteção bem estruturada ganham vantagem competitiva em relação às concorrentes que operam sem hedge.

Quando há previsibilidade, a PME pode:

  • Aumentar competitividade nas exportações
  • Atrair clientes internacionais com preços estáveis
  • Aproveitar janelas favoráveis para compras e investimentos

Sem planejamento, porém, o câmbio vira ameaça. Com estratégia, ele se transforma em oportunidade real.

Para continuar entendendo como grandes movimentos econômicos afetam PMEs e o dia a dia das empresas brasileiras, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que tarifas e câmbio afetam tanto as PMEs?

Porque empresas com margens menores têm menos espaço para absorver oscilações e acabam sofrendo diretamente no fluxo de caixa.

É verdade que hedge é caro para pequenas empresas?

Não. Hoje existem soluções acessíveis, simples e com pouca burocracia, ampliando o acesso à proteção cambial.

O câmbio pode virar vantagem competitiva?

Sim. Empresas protegidas conseguem planejar melhor e aproveitar oportunidades que a volatilidade pode gerar.

A proteção é obrigatória para quem exporta?

Não é obrigatória, mas se tornou essencial para reduzir riscos e manter a previsibilidade financeira.

Por que muitas PMEs ainda não se protegem?

Principalmente por acreditar que o câmbio não deve oscilar tanto ou por desconhecer as ferramentas disponíveis.

Quais setores são os mais vulneráveis ao risco cambial?

Negócios expostos ao comércio exterior, importadores de insumos e empresas com dívidas em moeda estrangeira.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.