Com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, o governo espera injetar R$ 28 bilhões na economia brasileira. A medida — sancionada em 26 de novembro de 2025 — tempera os rendimentos de famílias de baixa e média renda, com expectativa de aumentar o consumo, aquecer o comércio, indústria e setor de serviços, e gerar impacto positivo no mercado interno.
O que mudou na regra do Imposto de Renda?
A nova legislação amplia a faixa de isenção mensal para quem recebe até R$ 5 mil. Quem ganha acima até certo limite terá descontos progressivos.
Com isso, cerca de 15 milhões de pessoas deixam de pagar IR ou passam a pagar menos — o que aumenta a renda disponível dessas famílias.
Por outro lado, para compensar a renúncia fiscal, o texto prevê maior tributação para quem tem rendimentos elevados — com alíquota extra para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano.
Por que o governo espera R$ 28 bilhões de impacto?
De acordo com o governo e os cálculos oficiais da Receita Federal, a parcela liberada de IR que antes era retida passará a girar nas mãos de trabalhadores — o que representa o valor extra de consumo estimado em cerca de R$ 28 bilhões.
Esse dinheiro extra, para muitos, equivale praticamente a um “14º salário”. O aumento no poder de compra pode aquecer o comércio, a indústria e o setor de serviços, impulsionando produção, vendas e, possivelmente, empregos.
Alguns analistas confirmam a expectativa de que a medida impulsione o consumo e gere um estímulo econômico no curto prazo, embora alertem para possíveis efeitos colaterais — como pressão sobre a inflação e juros, se o consumo subir rápido demais.
Potenciais benefícios e riscos da medida
Benefícios
- Aumento da renda disponível para milhões de famílias, com potencial de melhorar o padrão de vida e o consumo.
- Estímulo ao comércio, serviços e indústria, com reflexo em atividade econômica e geração de empregos.
- Redução da desigualdade tributária: quem ganha menos deixa de pagar impostos, enquanto grupos de alta renda assumem maior carga.
- Possível dinamização da economia no curto prazo, com o dinheiro circulando de forma mais rápida e direta.
Riscos e desafios
- Se o consumo subir demais, pode haver pressão sobre inflação e juros, o que reduziria o poder de compra ganho.
- A compensação fiscal dependerá da arrecadação sobre altos rendimentos — caso a tributação não renda o esperado, pode haver impacto nas contas públicas.
- O efeito pode ser pontual ou temporário: se o benefício não for acompanhado por aumento sustentado de empregos e renda, o impacto econômico poderá se dissipar.
O que muda no bolso do trabalhador comum?
Quem ganha até R$ 5 mil por mês passará a ficar isento de IR. Segundo o governo, para muitos isso representa uma economia de até quase um salário extra por ano, considerando 13º e salário anual.
Com o dinheiro que deixará de ser retido, essas pessoas deverão ter mais recursos para gastar no dia a dia — com impacto direto em consumo, dívidas e investimentos pessoais.
Para famílias de renda média e baixa, esse alívio pode melhorar o orçamento doméstico e aumentar o consumo de serviços, bens de consumo e até lazer.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Quem vai deixar de pagar Imposto de Renda com a nova regra?
Quem recebe até R$ 5 mil por mês terá isenção total. Há descontos para quem ganha acima dessa faixa até determinado limite.
Quantas pessoas serão beneficiadas?
O governo estima que cerca de 15 milhões de contribuintes deixem de pagar IR ou vejam sua carga reduzida com a nova regra.
Como se chegou aos R$ 28 bilhões de impacto na economia?
Esse valor corresponde ao somatório da renda liberada que antes era retida como imposto — agora devolvida ao contribuinte — e que tende a ser injetada via consumo e demandas por bens e serviços.
A medida beneficia apenas quem ganha pouco?
Sim — a isenção e os maiores benefícios vão para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Quem ganha mais pode ter aumentos de alíquota como forma de compensação fiscal.
Esse impulso no consumo pode afetar inflação e juros?
Especialistas alertam que, se a demanda subir demais e rápido, pode haver pressão inflacionária — o que pode levar o Banco Central a reajustar juros.
A isenção começa quando?
A nova lei foi sancionada em 26 de novembro de 2025. A expectativa é que comece a valer a partir de janeiro de 2026.









