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segunda-feira, dezembro 1, 2025
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Como a isenção do IR até R$ 5 mil pode injetar R$ 28 bilhões na economia em 2026

O governo sancionou, no dia 26 de novembro de 2025, uma nova lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5.000 por mês. A medida começa a valer a partir de janeiro de 2026. Além disso, quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 7.350 passará a pagar uma alíquota menor.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) afirmou em pronunciamento nacional que essa mudança representa um “alívio real” para a maior parte da população. Segundo seu discurso, os recursos que antes seriam descontados na fonte voltarão ao bolso do trabalhador — o que, na visão dele, equivale a quase um 14º salário para quem está na faixa mais baixa.

Por que o governo calcula R$ 28 bilhões extra em consumo?

O governo aposta que a isenção vai liberar renda para milhões de brasileiros. De acordo com a estimativa oficial, o dinheiro extra nas mãos da população — que deixará de pagar IR — deve representar cerca de R$ 28 bilhões adicionais injetados na economia brasileira em 2026. Esse volume de recursos deve aquecer o consumo, impulsionar comércio, serviços, indústria e gerar mais oportunidades de emprego.

Para efeitos de comparação: um trabalhador ganhando R$ 4.800 por mês, com a isenção, teria uma economia anual de aproximadamente R$ 4.000. Ou seja, um valor significativo que poderia ser gasto em consumo ou usado para quitar dívidas, representando um estímulo direto ao mercado interno.

Quem ganha — e quem perde — com a nova tabela do IR

Ganhadores

  • Trabalhadores que ganham até R$ 5.000 mensais: ficam totalmente isentos.
  • Quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 7.350: passa a ter alíquota reduzida.

Estima-se que a medida beneficie milhões de brasileiros — de acordo com o governo, seriam mais de 15 milhões de pessoas que deixariam de pagar IR, e outras dezenas de milhões que teriam o imposto reduzido.

Quem passa a pagar mais?

Para compensar a perda de arrecadação, a lei também prevê uma taxação maior sobre os “super-ricos”. Quem ganha acima de R$ 600 mil por ano (ou aproximadamente mais de R$ 50 mil por mês) terá uma alíquota efetiva mínima, e rendas muito altas (como mais de R$ 1,2 milhão por ano) terão cobrança majorada. A regra atinge cerca de 140 mil contribuintes.

O governo destaca que isso corrige uma distorção tributária histórica: muitas vezes, pessoas com rendas elevadas pagavam proporcionalmente menos do que trabalhadores que vivem do salário. Com a reforma, busca-se maior justiça fiscal.

Impactos esperados: crescimento, consumo, desigualdade

O governo acredita que a medida vai gerar um estímulo extraordinário à economia. Ao liberar renda para a população de baixa e média renda, espera-se aumento no consumo — como compra de bens, eletrodomésticos, serviços — gerando um ciclo virtuoso de demanda, produção e emprego.

Além disso, a mudança no IR faz parte de uma política mais ampla de justiça tributária, com foco em reduzir desigualdades e dar mais poder de compra aos trabalhadores. Segundo o presidente, a isenção do IR é apenas o primeiro passo.

No entanto, há cautela: a economia real vai depender de como as famílias utilizarem esse dinheiro — se pouparem, gastarem ou quitarem dívidas — e de como setores econômicos responderão a esse estímulo.

Possíveis críticas e desafios

Alguns analistas alertam que a abordagem poderia pressionar as contas públicas, caso a compensação pela taxação dos mais ricos não seja suficiente. A proposta depende da arrecadação futura de um grupo restrito de pessoas.

Além disso, a medida não corrige toda a tabela do IR — ou seja, não há um reajuste geral automático. Isso faz com que apenas parte da população se beneficie diretamente.

Outro ponto: benefícios sociais e programas públicos terão de ser mantidos com eficiência para garantir que a carga fiscal não recaia sobre outras camadas vulneráveis.

Conclusão

A sanção da nova lei do Imposto de Renda representa, segundo o governo, um passo importante rumo à justiça fiscal e ao fortalecimento do consumo interno. A isenção para quem ganha até R$ 5 mil e o alívio para quem recebe até R$ 7.350 devem colocar mais dinheiro no bolso de milhões de trabalhadores.

Se o plano funcionar como previsto, a economia brasileira pode receber um impulso significativo de R$ 28 bilhões em 2026, com reflexos positivos no comércio, serviços, emprego e renda. Contudo, o sucesso da medida dependerá da execução coerente da taxação dos mais ricos e da reação do mercado à injeção de renda.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Quem vai deixar de pagar Imposto de Renda em 2026?

Todos que ganham até R$ 5.000 por mês ficam isentos. Quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 7.350 terá desconto no imposto.

Quantas pessoas serão beneficiadas pela medida?

O governo estima que milhões de brasileiros serão beneficiados: cerca de 15 milhões devem deixar de pagar IR, e muitos outros terão redução de alíquota.

O que significa os “R$ 28 bilhões na economia”?

Esse valor representa o montante extra que deve circular em 2026 graças à renda liberada no bolso dos trabalhadores — usado em consumo, serviços, dívidas e investimentos pessoais.

Quem pagará mais imposto com a reforma?

Pessoas com renda mais alta — acima de R$ 600 mil por ano — e, em especial, super-ricos que ganham mais de R$ 1,2 milhão por ano. Eles passarão a pagar alíquotas maiores, como forma de compensar a renúncia fiscal.

A medida corrige a tabela completa do IR?

Não. A lei apenas amplia a faixa de isenção e reduz imposto para os valores intermediários. Não corrige toda a tabela tributária.

A isenção começa quando?

A nova regra passa a valer em janeiro de 2026. Ou seja, o desconto se reflete já a partir do primeiro contracheque do ano.

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