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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Copasa (CSMG3) dobra de valor com privatização no radar — o que esperar das ações agora?

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A Copasa (CSMG3) vive um dos anos mais intensos de sua história recente. As ações já saltaram cerca de 100% em 2025, impulsionadas pelo avanço das negociações de privatização em Minas Gerais e por melhorias regulatórias que vêm sendo implementadas antes mesmo de qualquer oferta. O movimento reacendeu o interesse de analistas e investidores que agora tentam medir até onde o papel pode chegar.

O Bradesco BBI, mesmo mantendo recomendação neutra, elevou o preço-alvo da companhia para R$ 56, o que representa um potencial de alta de 35% em relação ao fim de novembro. Mas o relatório vai além: detalha três cenários possíveis para o futuro da Copasa — e o impacto direto no valor da ação.

Por que a Copasa (CSMG3) subiu tanto em 2025?

A disparada de 100% não aconteceu por acaso. Dois fatores explicam o movimento:

  • Avanço firme do governo de Minas Gerais rumo à privatização, prevista para ocorrer no início de 2026
  • Atualizações regulatórias promovidas pela ARSAE, que aumentam previsibilidade e permanecem válidas mesmo que a privatização seja adiada

Com isso, o BBI revisou o modelo e passou a considerar 99% de probabilidade de privatização, praticamente tratando a operação como certa.

Como ficam os resultados da Copasa pós-privatização?

Com a nova perspectiva, o banco projeta um CAGR de Ebitda de 17% e um CAGR de lucro por ação de 16% entre 2025 e 2030.
O motivo? A combinação de:

  • Redução de despesas operacionais
  • Aumento de investimentos (capex) que ampliam o RAB — base de ativos regulatórios
  • Retornos crescentes, como ocorre com a Sabesp (SBSP3) após seu processo de privatização

Sobre dividendos, o BBI assume que a empresa pagará 75% do lucro anualmente — um salto significativo nos próximos anos:

  • 2026: 7%
  • 2027: 8%
  • 2028: 11%
  • 2029 em diante: acima de 12%

Um atrativo importante para quem investe em renda.

Qual é o cenário base?

O preço-alvo de R$ 56 por ação reflete exatamente esse cenário:
privatização encaminhada, regulação fortalecida e espaço consistente para aumento de retorno.

Segundo o BBI, mesmo com recomendação neutra, os dividendos robustos justificam manter o papel em carteira para investidores que buscam renda contínua.

E se tudo der muito certo? O cenário otimista

No cenário positivo traçado pelo banco, a Copasa privatizada poderia chegar a R$ 80 por ação no fim de 2026 — uma alta potencial de 92%.

Esse cenário considera:

  • Corte de 50% nas despesas operacionais
  • Redução da taxa de desconto (TIR) para 8,5%, refletindo menor risco
  • Aumento consistente no dividend yield, que reforça atratividade do papel

E o pior cenário? Privatização cancelada

Se a empresa permanecer estatal, o valor justo cai para R$ 32 por ação — uma desvalorização de 24%.

Mesmo assim, o BBI ressalta que a queda não seria ainda maior porque vários avanços regulatórios já foram incorporados e devem permanecer, independentemente da privatização.

Hoje, o banco vê esse cenário como altamente improvável, dada a mobilização do governo mineiro.

Por que Minas Gerais está acelerando a venda da Copasa?

A resposta envolve fiscal:

  • Minas Gerais enfrenta uma dívida superior a R$ 150 bilhões com a União
  • O estado negocia redução de juros e parte do pagamento via ativos
  • Para cumprir obrigações de investimento em 2026, precisa levantar recursos rapidamente

Embora a Copasa não faça parte da lista oficial de ativos a serem repassados ao governo federal, a venda de parte da participação estatal (de 50,1%, possivelmente mantendo de 10% a 15%) ajudaria MG a fechar as contas.

Além disso, o governo conseguiu retirar da constituição estadual a exigência de referendo prévio, facilitando politicamente a privatização.

Quais passos faltam para a privatização avançar?

Ainda há etapas importantes:

  • Aprovação do TCE sobre aspectos financeiros e jurídicos
  • Fechamento de um novo contrato de concessão com Belo Horizonte (BH), responsável por 1/3 da receita da Copasa, com extensão até 2073
  • Possível pagamento de caução entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, que deve entrar no RAB

Com BH fechando o acordo, outras 636 cidades tendem a seguir o mesmo caminho sem exigir contrapartidas significativas.

Conclusão: Copasa pode estar apenas no começo de um novo ciclo

Os dados indicam uma empresa em plena reprecificação, impulsionada por mudanças regulatórias, forte mobilização política e potencial privatização em 2026.
Entre cenários que variam de alta explosiva a médio pessimismo, o consenso é claro: a Copasa voltou ao radar como uma das histórias mais relevantes do saneamento brasileiro.

Quer acompanhar de perto os próximos passos e analisar outras oportunidades no mercado? Então continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Por que a Copasa (CSMG3) subiu mais de 100% em 2025?

Porque o mercado passou a precificar a privatização como altamente provável e incorporou melhorias regulatórias relevantes.

Qual é o preço-alvo base para Copasa segundo o BBI?

O banco projeta R$ 56 por ação, com potencial de alta de 35%.

O que pode levar o papel a R$ 80?

Corte profundo de custos, menor taxa de desconto e dividendos crescentes no cenário otimista.

E se a privatização não ocorrer?

O valor justo cai para cerca de R$ 32, mas ainda preserva parte dos ganhos regulatórios já implementados.

Por que Minas Gerais quer vender a Copasa?

Para cumprir compromissos financeiros de 2026 e avançar na renegociação da dívida com a União.

Quais etapas ainda faltam para a privatização?

Aprovação do TCE, novo contrato com Belo Horizonte e formalização de concessões com demais municípios.

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