A Vale (VALE3) está entrando em uma fase que os analistas do BTG descrevem como “mais simples, mais limpa e até um pouco chata”. Mas, para o mercado, isso é excelente notícia.
No relatório divulgado após o tradicional Vale Day, o banco destacou que a empresa finalmente se afasta das grandes incertezas dos últimos anos e passa a operar com foco total em previsibilidade, disciplina e geração de valor.
Por que o BTG fala em “nova era” para a Vale (VALE3)?
Segundo o banco, a Vale está construindo uma história corporativa muito diferente daquela marcada por volatilidade e riscos. Os analistas enxergam:
- Menos drama operacional
- Mais disciplina de capital
- Foco absoluto em retorno ao acionista
- Menos surpresas e mais estabilidade
E isso, para uma gigante global de commodities, vale ouro.
Minério de ferro: uma aposta mais otimista que o mercado
A Vale afirmou no encontro que vê suporte estrutural forte para o minério nos próximos anos. A companhia projeta preço próximo de US$ 100 por tonelada, acima do consenso atual de mercado, em torno de US$ 85.
O otimismo tem três razões:
- A China continua sustentando a demanda global
- A oferta de concorrentes segue em queda natural (depleção)
- O impacto do projeto Simandou deve ser absorvido até 2026
Essa visão mais “bullish” é um dos pilares da tese apresentada aos investidores.
O melhor momento operacional desde os anos 2000
O BTG afirma que este é “um dos melhores momentos em duas décadas de cobertura das ações da Vale”.
O banco cita quatro pilares que sustentam a nova fase:
- Previsibilidade operacional consistente
- Crescimento racional em minério e cobre
- Estratégia de níquel baseada em autossuficiência
- Capex mais leve, com foco em eficiência
Para os analistas, a companhia está menos dispersa e mais estratégica.
Unidade de metais básicos: o ativo ignorado que pode destravar valor
A área de cobre e níquel da Vale é vista pelo mercado como subprecificada.
Hoje, segundo o BTG, o mercado “atribui pouco ou nenhum valor” a ela dentro do market cap atual.
Só que, com a demanda crescente por metais essenciais à transição energética, essa unidade pode:
- se valorizar rapidamente,
- atrair novos parceiros,
- e contribuir fortemente para o fluxo de caixa nos próximos anos.
Retorno ao acionista: foco máximo em 2026
A mensagem da gestão foi clara: a Vale quer dizer menos e entregar mais.
O plano indica:
- Retorno de caixa entre 10% e 12% em 2026
- Disciplina rígida em investimentos
- Geração de caixa robusta e estável
Com isso, o BTG mantém recomendação de Compra.
VALE3 segue barata — e muito
A companhia negocia hoje a um múltiplo de 4,1x EBITDA, nível considerado descontado diante:
- Das mineradoras australianas
- Do potencial de recuperação dos preços das commodities
- Da melhora operacional que a empresa vem executando
Para o BTG, a relação risco–retorno nunca esteve tão interessante.
Conclusão
Depois de anos turbulentos, a Vale se posiciona como uma mineradora mais previsível, disciplinada e preparada para entregar valor.
Com preços atrativos e uma estratégia clara, a empresa entra em 2026 com uma narrativa muito mais sólida — e, segundo o BTG, com um futuro que pode surpreender positivamente o mercado.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
Por que o BTG acredita em uma nova fase para a Vale?
Porque a mineradora está mais disciplinada, estável e focada na geração de caixa.
A Vale está otimista com o minério de ferro?
Sim. A empresa projeta preço próximo de US$ 100 por tonelada, acima do consenso de mercado.
O que pode destravar valor nas ações?
A unidade de metais básicos (cobre e níquel), hoje pouco valorizada pelo mercado.
Qual o retorno esperado aos acionistas em 2026?
Entre 10% e 12%.
VALE3 está barata?
Sim. O papel negocia a múltiplos abaixo dos pares internacionais.
O BTG recomenda compra para Vale (VALE3)?
Sim, mantendo visão positiva e tese de valorização.









