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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Audiência de Luigi Mangione tenta anular provas e mobiliza apoiadores nos EUA

A audiência que pode definir os rumos do caso Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, tomou conta do tribunal desde segunda-feira (1º). Cercado por apoiadores vestidos de verde — cor que se tornou símbolo do grupo que o idolatra — Mangione tenta anular provas-chave que o ligam ao crime ocorrido em dezembro de 2024, em Manhattan.

A defesa sustenta que direitos constitucionais foram violados quando o réu foi identificado e detido dentro de um McDonald’s em Altoona, Pensilvânia. Eles afirmam que a polícia revistou sua mochila sem mandado e colheu declarações ilegais, o que, segundo os advogados, invalida provas essenciais.

Mangione responde por homicídio em segundo grau, crime que pode resultar em prisão perpétua, além de sete acusações de porte ilegal de arma e uma de uso de identificação falsa. Ele nega todas as acusações.

Tribunal lotado e clima de comoção

Dentro e fora da Corte, dezenas de apoiadores se reuniram para acompanhar o caso. Alguns estavam fantasiados de Luigi, personagem do universo Mario Bros, que se tornou o mascote não oficial dos defensores do réu. Vans exibiam mensagens de apoio e estatísticas do sistema de saúde americano, usado pelos simpatizantes como argumento político.

A mobilização reflete o status de “herói” atribuído a Mangione por parte do público, que vê nele uma representação da revolta contra o sistema privado de seguros de saúde nos EUA.

Defesa tenta eliminar provas decisivas

Os advogados afirmam que policiais:

  • abordaram Mangione sem justificativa legal
  • revistaram sua mochila sem mandado
  • coletaram evidências sem respeitar o direito ao silêncio

Na mochila, segundo os agentes, havia:

  • uma arma compatível com os cartuchos encontrados na cena do assassinato
  • um silenciador
  • um caderno vermelho com escritos pessoais
  • um diário com supostos planos de assassinato
  • um chip de computador, pen drives e um iPhone

A defesa também quer impedir que esses escritos sejam mencionados pelas testemunhas da acusação.

Os promotores argumentam que nada foi feito de maneira ilegal e que Mangione forneceu informações espontaneamente, inclusive sobre possuir uma pistola impressa em 3D — afirmação contestada pela defesa.

Como foi a prisão

O policial Joseph Detwiler, responsável pela abordagem, disse que reconheceu Mangione imediatamente pelas imagens divulgadas nos dias anteriores. Para mantê-lo calmo, inventou que o McDonald’s chamava a polícia quando clientes permaneciam por muito tempo no local.

Mangione forneceu nome e identidade falsos, que foram rapidamente identificados como fraudulentos. Após mais policiais chegarem, ele finalmente deu seu nome real e foi algemado e informado de seus direitos.

As câmeras corporais mostram que a polícia conversou por mais de 30 minutos com o suspeito antes da prisão, o que gera debate sobre se houve ou não interrogatório irregular.

Desdobramentos do caso

Mangione está detido em regime federal no Brooklyn. Ele também é alvo de um processo federal separado, no qual promotores pretendem pedir pena de morte — ainda sem data de julgamento. Em setembro, acusações de terrorismo foram descartadas.

Ainda não há calendário definido para os julgamentos estadual e federal.

Para acompanhar as próximas atualizações sobre este e outros casos judiciais que impactam política, segurança e sociedade, continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que a defesa de Luigi Mangione quer anular?

As provas retiradas da mochila, as declarações feitas na prisão e qualquer uso dos escritos pessoais encontrados.

Por que ele virou símbolo para algumas pessoas?

Mangione é visto por parte do público como representante da indignação contra o sistema privado de saúde nos EUA.

Quais crimes ele enfrenta?

Homicídio em segundo grau, sete acusações de porte ilegal de arma e uma por identidade falsa.

Ele pode pegar prisão perpétua?

Sim. A acusação de homicídio em segundo grau pode levar à prisão perpétua.

Existem outros processos contra ele?

Sim. Ele responde a um processo federal em que promotores planejam pedir pena de morte.

Quando será o julgamento?

Ainda não há datas definidas para os julgamentos estadual ou federal.

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