4.1 C
Nova Iorque
24.4 C
São Paulo
segunda-feira, dezembro 29, 2025
spot_img

Renda fixa em 2026 vai pagar alto? Especialistas revelam a estratégia para lucrar mais

Planejar a estratégia de renda fixa para 2026 pode ser o diferencial entre ganhos medianos e retornos realmente expressivos. Mesmo com a expectativa de queda gradual dos juros, a Selic deve permanecer elevada por mais tempo — o que abre um período raro de oportunidades para quem sabe combinar pós-fixados, inflação e marcação a mercado.

É por isso que os analistas do BTG Pactual (BPAC11) já trabalham com um plano claro: moderação no pós-fixado, otimismo nos títulos indexados ao IPCA e cuidado com os prefixados.

O que esperar da Selic em 2026 — e por que isso importa para seus rendimentos?

Segundo o banco, a Selic deve fechar 2026 em 12% ao ano, mas isso não significa que o investidor deve abandonar o CDI agora. Pelo contrário: ainda há meses de retornos muito fortes, próximos de 15% ao ano, tanto no Tesouro Selic quanto em CDBs indexados ao CDI.

O economista Álvaro Frasson, do BTG Pactual, alerta que o CDI costuma ter pior desempenho exatamente antes do ciclo de cortes, mas que ainda há tempo para capturar bons rendimentos. Caso o mercado de trabalho demore a desacelerar, o CDI pode até voltar para uma posição mais neutra na carteira — reforçando a importância dos pós-fixados no curto prazo.

Para quem busca retorno imediato com segurança, títulos como Tesouro Selic e CDBs que pagam 100% a 115% do CDI continuam muito vantajosos. Um exemplo é o CDB do Banco Digimais, com 115% do CDI, protegido pelo FGC e com vencimento em 2031.

Por que os títulos atrelados à inflação devem liderar os ganhos em 2026?

É nos títulos IPCA+ que o BTG Pactual aposta mais forte. Mesmo com expectativas de inflação ligeiramente melhores, o cenário ainda é considerado desancorado — e isso beneficia os rendimentos reais no longo prazo.

Além da proteção inflacionária, esses títulos permitem lucro com marcação a mercado: quando as taxas de juros caem, o preço dos papéis sobe.

E, para capturar esse movimento, o BTG recomenda uma estratégia barbell:

  • parte da carteira em título curto,
  • parte em título longo,
  • equilibrando um prazo médio de cerca de 7 anos.

Isso evita concentrar todo o risco em papéis extremamente longos — como o Tesouro Renda+ 2065, que pode até dar lucros maiores, mas apresenta volatilidade elevada demais para estratégias mais equilibradas.

Hoje, os principais IPCA+ do Tesouro são:

  • Tesouro IPCA+ 2029
  • Tesouro IPCA+ 2040
  • Tesouro IPCA+ 2050

Distribuir entre esses vencimentos aumenta a chance de capturar valorização com a queda da Selic ao longo de 2026.

E a renda fixa corporativa? Vale a pena buscar IPCA+ em CRAs e debêntures?

Há boas oportunidades também em:

  • CRAs,
  • CRIs,
  • debêntures incentivadas.

Esses investimentos seguem a mesma lógica da marcação a mercado, mas com uma diferença importante: liquidez muito baixa. O investidor pode até lucrar com a queda das taxas, mas corre risco real de não conseguir vender antes do vencimento — além de não contar com proteção do FGC.

Por isso, especialistas reforçam que renda fixa privada deve entrar com cuidado na carteira, especialmente para quem ainda está aprendendo a lidar com marcação a mercado.

Prefixados: por que o BTG está mais cauteloso?

Os títulos prefixados podem sim render muito quando a Selic cai rápido — mas isso só acontece quando o cenário está muito claro. Como ainda há dúvidas sobre:

  • mercado de trabalho,
  • desinflação consistente,
  • velocidade dos cortes,

o banco mantém uma visão mais conservadora. O investidor até pode incorporar prefixados, mas com uma fatia menor e de forma complementar à estratégia principal.

Conclusão: 2026 pode ser um ano excepcional para a renda fixa — se você souber combinar as peças certas

A combinação entre juros elevados por mais alguns meses e a expectativa de cortes ao longo do ano cria uma janela rara de lucros tanto no curto prazo quanto no longo prazo, especialmente nos títulos indexados ao IPCA.

A estratégia mais equilibrada, segundo os analistas, é simples: aproveitar o CDI agora, aumentar a exposição a inflação para capturar ganhos futuros e evitar exageros nos prefixados.

Quer encontrar as melhores estratégias e análises para decidir onde investir em 2026? Continue navegando pelo Brasilvest.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Ainda vale investir em pós-fixados para 2026?

Sim. Com Selic ainda elevada, títulos atrelados ao CDI continuam rendendo próximo de 15% ao ano por alguns meses.

Por que o BTG recomenda mais IPCA+ para 2026?

Porque há chance de lucro duplo: proteção inflacionária e valorização com a queda da Selic ao longo do ano.

Prefixado vale a pena para 2026?

Pode valer, mas com cautela. O cenário ainda incerto pede uma alocação menor nessa categoria.

Quais IPCA+ são considerados mais equilibrados?

O Tesouro IPCA+ 2029, 2040 e 2050, combinados na estratégia barbell, equilibram risco e retorno.

Investir em CRAs e debêntures é seguro?

São oportunidades reais, mas com baixa liquidez e sem FGC. Requer mais cuidado e visão de longo prazo.

Como funciona o lucro com marcação a mercado?

Quando as taxas de juros caem, o preço dos títulos antigos aumenta — permitindo vender com lucro antes do vencimento.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.