Com o início esperado do ciclo de corte da Selic no primeiro trimestre de 2026, muitos investidores começam a revisar suas estratégias para os próximos meses. Para Arley Matos da Silva Junior, estrategista de investimentos do Santander, o segredo está em equilibrar a carteira, aproveitando tanto a força atual da renda fixa quanto o apetite crescente pela renda variável.
Ele destaca que o cenário macroeconômico traz sinais importantes: nos Estados Unidos, os juros já começaram a cair; no Brasil, a Selic foi mantida, e as projeções de inflação seguem em queda. Esse conjunto de fatores abre espaço para ajustes inteligentes nas alocações.
Por que a renda fixa continua sendo destaque para 2026?
Segundo Arley, a renda fixa mantém protagonismo há mais de um ano, sustentada por juros elevados e boas oportunidades de retorno real. Entre os produtos que devem seguir em evidência, ele cita:
- Títulos indexados à inflação, que oferecem proteção e taxas ainda muito atrativas;
- Opções isentas de imposto de renda, que ampliam o ganho líquido;
- Instrumentos de renda fixa capazes de combinar segurança e retornos consistentes.
Para o estrategista, quem aproveitar essa janela antes do início do ciclo de cortes tende a travar excelentes condições de rentabilidade.
Renda variável volta ao radar — e com força
Ao lado da renda fixa, a renda variável começou a ganhar espaço de novo na carteira dos investidores. O movimento já aparece no desempenho da Bolsa brasileira, que tem batido sucessivos recordes de pontuação.
Arley aponta três motivos principais para esse avanço:
- Corte de juros nos EUA, que melhora a atratividade de mercados emergentes;
- Selic estável no Brasil, mas com expectativa clara de queda em 2026;
- Reação positiva dos investidores e gestores, aumentando o fluxo para ações.
Apesar do cenário positivo, ele alerta: é fundamental selecionar bem as empresas, analisando balanços, fundamentos, projeções de lucro e setores com maior potencial de crescimento.
Como equilibrar a carteira até o início de 2026?
Arley reforça que o momento é propício para combinações estratégicas, que misturam segurança e potencial de valorização. Isso significa:
- usar a renda fixa como base da carteira,
- inserir renda variável de forma estruturada e coerente com o perfil,
- considerar as mudanças no cenário global e local,
- e buscar orientação especializada para tomar decisões mais seguras.
Conclusão: oportunidades claras pedem estratégia equilibrada
O investidor que olhar para 2026 com calma e planejamento encontra um ambiente favorável. A renda fixa oferece taxas competitivas antes da virada dos juros, enquanto a renda variável apresenta sinais de força e espaço para valorização.
A mensagem é simples: diversificar com qualidade pode garantir resultados sólidos quando o novo ciclo de juros começar.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
A renda fixa ainda vale a pena para 2026?
Sim. As taxas continuam atrativas e tendem a se tornar ainda mais valiosas antes do início do ciclo de cortes da Selic.
Quais produtos de renda fixa se destacam?
Títulos atrelados à inflação, opções isentas de IR e instrumentos com taxas competitivas.
A renda variável deve crescer no próximo ano?
A expectativa é positiva, impulsionada pelos cortes de juros nos EUA e pela perspectiva de redução da Selic no Brasil.
O que considerar na escolha das ações?
Fundamentos sólidos, balanços consistentes e setores com potencial de crescimento.
Por que a combinação das duas classes é indicada?
Porque ela equilibra estabilidade da renda fixa com o potencial de valorização da renda variável.
Devo buscar apoio de especialistas?
Sim. Consultar profissionais ajuda a estruturar uma carteira mais coerente, diversificada e alinhada ao seu perfil.









