4.1 C
Nova Iorque
24.4 C
São Paulo
segunda-feira, dezembro 29, 2025
spot_img

Investigação mira Grupo Coelho Diniz: acusações pesadas por sonegação e fraude fiscal

Uma operação realizada nos últimos dias por autoridades de Minas Gerais abalou o mercado varejista. O Ministério Público, a Receita Estadual e a Polícia Civil deflagraram a Operação Ambiente 186, que investiga um esquema de fraude de ICMS e lavagem de dinheiro — com suposta participação de empresas ligadas à família do empresário André Coelho Diniz, maior acionista do GPA.

O que a investigação aponta sobre o esquema?

Segundo a acusação, o grupo teria utilizado empresas de fachada — as chamadas “noteiras” — para simular vendas interestaduais. Assim, conseguiria aplicar alíquotas reduzidas de ICMS, embora as mercadorias circulassem dentro de Minas Gerais, configurando evasão de tributos.

As autoridades calculam que a sonegação ultrapassou R$ 215 milhões. Até o momento, foram bloqueados R$ 476 milhões em bens dos investigados como medida cautelar.

Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, com apreensão de documentos, aparelhos eletrônicos e veículos de luxo. A investigação também mira lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Quem está na mira: Coelho Diniz, HAF Distribuidor e outros

Entre os alvos está a empresa HAF Distribuidor — vinculada ao Grupo Coelho Diniz — além de empresas como Atakmix e Martmix, todas suspeitas de integrar o esquema.

A família Coelho Diniz enviou nota oficial dizendo que a rede de supermercados Homônima e os investimentos no GPA não fazem parte da investigação. Também afirmaram que ainda não tiveram acesso aos autos da operação, e que, portanto, não há autuação fiscal formal contra eles.

Impacto no mercado e desconfiança do mercado financeiro

A notícia provocou reações imediatas na Bolsa: as ações do GPA (PCAR3) chegaram a recuar fortemente, registrando uma das maiores quedas do dia no índice. Isso reflete o temor de investidores diante da incerteza sobre a extensão do escândalo.

Fontes próximas à companhia dizem que há cautela e preocupação, mas evitam conclusões precipitadas até que a investigação avance.

Por que o caso chama atenção?

  • A investigação mira um esquema de grande escala e complexidade, com uso de “noteiras”, empresas fictícias e manobras contábeis para sonegar ICMS — o que revela vulnerabilidades no sistema tributário estadual.
  • Envolve um nome de peso no varejo brasileiro, o que pode abalar a confiança de investidores, clientes e parceiros comerciais.
  • Se confirmadas, as fraudes configuram crimes graves: evasão fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estruturação de rede criminosa.
  • O bloqueio de quase meio bilhão em bens mostra a seriedade da ação e o poder de alcance da investigação — o que pode ter implicações duradouras no mercado e na reputação do grupo.

O que ainda precisa ser esclarecido?

  • Quais empresas do grupo, de fato, respondem às acusações — e se há envolvimento direto da gestão do GPA.
  • Se existe responsabilização concreta com autuações ou condenações. Até agora, a família alega não ter acesso aos autos do processo.
  • A real dimensão da fraude: se atinge centenas de empresas ou é um esquema restrito a alguns nomes.
  • Impactos sobre o consumidor final, sobre o mercado varejista e sobre a tributação em Minas Gerais e demais estados.

Conclusão e o que observar daqui pra frente

O caso envolvendo o Grupo Coelho Diniz e o GPA expõe a fragilidade de mecanismos de fiscalização tributária no Brasil — especialmente quando há atuação de empresas de fachada e operações interestaduais simuladas.

A repercussão financeira e reputacional pode ser profunda. Nos próximos dias, a expectativa é que a investigação avance, revelando nomes, valores e possíveis responsáveis.

Para quem acompanha o mercado varejista, é hora de observar com atenção: esse escândalo pode reconfigurar práticas, provocar reverberações no setor e gerar debates sobre transparência e ética fiscal.

Continue acompanhando no Brasilvest para mais atualizações.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O Grupo Coelho Diniz ou o GPA estão oficialmente punidos?

Não. Até o momento, há investigação. Em nota, a família afirma que não teve acesso aos autos e que não há autuação fiscal formal.

O que é a Operação Ambiente 186?

É a operação que investigou esquema de fraude de ICMS e lavagem de dinheiro em atacadistas e redes de varejo em Minas Gerais.

Qual o valor da suposta sonegação?

As autoridades estimam que a fraude ultrapassou R$ 215 milhões.

Quantos bens foram bloqueados?

Até agora, o bloqueio atingiu R$ 476 milhões em bens dos investigados.

Que crimes são investigados?

Sonegação de ICMS, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A rede de supermercados Coelho Diniz é alvo?

A família afirma que não. Segundo a nota, a investigação não abrange a rede de supermercados nem os investimentos no GPA.

spot_img

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique Conectado
20,145FãsCurtir
51,215SeguidoresSeguir
23,456InscritosInscrever
Publicidadespot_img

Veja também

Brasilvest
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.