O governo federal decidiu usar medidas de defesa comercial para tentar fechar o orçamento de 2026, o que elevou a preocupação entre especialistas e técnicos. A estratégia entrou na LDO aprovada, mas gerou alerta por depender de variáveis externas e instáveis, como comércio internacional e tarifas de importação, segundo reportagem do portal JOTA.
Defesa comercial vira aposta fiscal em meio a impasse político
O governo adotou a defesa comercial porque, além de enfrentar resistências no Congresso, perdeu espaço para novas medidas de arrecadação. Assim, buscou uma alternativa que não aumentasse impostos diretamente.
Além disso, a estratégia tenta compensar receitas que não avançaram em outras frentes econômicas. No entanto, especialistas alertam que a arrecadação prevista depende de condições instáveis e, portanto, pode não se sustentar ao longo de 2026.
TCU vê risco significativo nas projeções do orçamento
O TCU já havia alertado que as estimativas macroeconômicas do orçamento de 2026 têm “risco significativo” de não se concretizar.
Essa avaliação reforça o receio de que o governo esteja apostando em receitas incertas, o que pode fragilizar ainda mais o planejamento fiscal.
Além disso, desde outubro, o Ministério da Fazenda tenta ajustar contas diante da rejeição de medidas de aumento de arrecadação.
Quais riscos o país corre com essa estratégia?
A aposta em defesa comercial pode falhar se:
- o comércio global desacelerar;
- ocorrer pressão inflacionária;
- houver contestação ou retaliação externa;
- a arrecadação estimada não se concretizar.
Nesse cenário, o país pode enfrentar cortes, contingenciamentos e dificuldade para manter programas essenciais. Portanto, o risco fiscal aumenta e pressiona ainda mais um orçamento já considerado frágil.
Por que essa decisão preocupa o mercado?
O mercado teme que o governo esteja tornando a política fiscal ainda mais imprevisível. Embora a defesa comercial possa gerar receita adicional, ela não substitui reformas estruturais nem garante estabilidade.
Por isso, analistas afirmam que o Brasil precisa de previsibilidade, especialmente para recuperar credibilidade fiscal.
Conclusão
A estratégia do governo evita novos impostos no curto prazo, mas aumenta a incerteza no longo prazo. Enquanto isso, especialistas pedem transparência e cautela, já que o orçamento depende cada vez mais de receitas voláteis.
Para acompanhar os próximos passos — e entender como isso pode afetar seu bolso — continue lendo o Brasilvest e fique sempre à frente das mudanças econômicas.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é defesa comercial?
Defesa comercial inclui tarifas, salvaguardas e medidas aplicadas pelo governo para proteger a indústria nacional contra importações excessivas ou desleais.
Por que isso preocupa no orçamento de 2026?
Porque as receitas esperadas dependem de fatores externos, como variação do comércio global, o que torna difícil prever arrecadação.
O TCU alertou sobre riscos fiscais?
Sim. O TCU afirmou que as projeções usadas pelo governo têm alto risco de não se confirmar, especialmente no cenário internacional.
O que acontece se a arrecadação não vier?
O governo pode cortar gastos, contingenciar verbas e rever políticas públicas.
Isso afeta o cidadão?
Sim. Programas sociais, investimentos e serviços públicos podem sofrer impacto caso o orçamento não feche.
Por que o governo está usando essa estratégia?
Porque outras medidas de arrecadação foram barradas, aumentando a necessidade de alternativas não tributárias.









