Indicador oficial da inflação no Brasil, o IPCA afeta desde o preço do pão até reajustes salariais e investimentos. Entenda como ele funciona.
Você já ouviu falar no IPCA — mas talvez nunca tenha entendido exatamente o que ele mede ou por que aparece tanto no noticiário econômico. A sigla significa Índice de Preços ao Consumidor Amplo e, na prática, representa a inflação oficial do Brasil. Ele é calculado mensalmente pelo IBGE e serve como termômetro do custo de vida da população.
O IPCA é composto por uma cesta com centenas de itens — como alimentação, transporte, habitação, educação e saúde — e acompanha se os preços desses produtos e serviços estão subindo ou caindo. Se os valores aumentam, diz-se que houve inflação; se caem, deflação. O índice é divulgado sempre no início do mês seguinte e se refere ao comportamento dos preços no mês anterior.
Mas por que isso importa para você? Simples: o IPCA é usado como base para corrigir salários, aposentadorias, aluguéis e contratos de prestação de serviço. Ele também influencia diretamente nas metas de inflação do governo e nas decisões do Banco Central sobre a taxa Selic — que impacta o crédito, os financiamentos e os investimentos.
Um IPCA alto significa que o dinheiro está perdendo poder de compra. Por exemplo: se o índice acumulado em 12 meses for de 5%, isso indica que, em média, os preços subiram 5% no período — e que R$ 100 hoje compram menos do que no ano passado. Isso pressiona as famílias, principalmente as de renda mais baixa, que sentem mais os efeitos nos gastos do dia a dia.
Para os investidores, o IPCA também tem papel fundamental. Existem diversos investimentos atrelados à inflação, como os títulos do Tesouro IPCA+, que garantem rendimento real acima da inflação. Em períodos de alta do índice, essas aplicações se tornam mais atrativas para proteger o patrimônio.
Acompanhar o IPCA, portanto, não é só coisa de economista. Ele afeta o valor do seu salário, quanto você paga no mercado e como seu dinheiro se comporta no banco. Entender esse indicador ajuda a tomar decisões mais conscientes, seja na hora de negociar um contrato, escolher um investimento ou até planejar a próxima compra do mês.